Efeito do treinamento físico em portadores de marcapasso definitivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Licarião, Emanoel Gledeston Dantas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-06122016-122515/
Resumo: Inúmeros problemas cotidianos estão mal esclarecidos para portadores de marcapasso cardíaco definitivo (MCD). Dentre eles, destaca-se sua relação com atividades físicas e programas de treinamento. Este estudo, PRACTICING - Physical Training Effect In Pacemaker Patients, tem o objetivo de avaliar o impacto do treinamento físico sobre o consumo de oxigênio (VO2 pico) e a qualidade de vida em portadores de MCD. Métodos - estudo prospectivo, unicêntrico e randomizado que incluiu portadores de MCD atrioventricular com funções sinusal e ventricular normais, sedentários, com idade entre 18 e 80 anos. Os pacientes foram distribuídos em três grupos: GTFS - grupo treinamento físico supervisionado; GTFNS - treinamento físico não supervisionado e GC - controle. Foram analisadas as variáveis obtidas por teste ergoespirométrico (TEE) e questionários de qualidade de vida (SF36 e Aquarel), no inicio do estudo e após 4 meses de seguimento. Resultados - Foram incluídos 18 pacientes no GTFS; 20 no GTFNS e 20 no GC. A idade média foi 55,4 ± 10 anos, 69,0% era do sexo feminino e a FEVE média foi 63,41 ± 5,0%. Hipertensão arterial, diabetes mellitus e doença de Chagas estiveram presentes em 56,9%, 25,8% e 25,9%, respectivamente. O tempo médio de uso de MCD foi de 59,4 ± 62,6 meses. O VO2máx médio inicial da população foi de 24,0 ± 5,8ml/kg/min e não houve diferença entre os três grupos (P=0,279). Apenas no GTFS ocorreu melhora significativa no VO2máx após treinamento físico: 23,86±4,38 versus 26,74 ± 4,18 ml/kg/min, (P=0,001). A avaliação da qualidade de vida demonstrou apenas diferença no domínio desconforto no peito no GTFNS e dispneia no GC (Aquarell). Conclusão - Em portadores de MCD sem disfunção ventricular, o treinamento físico supervisionado proporcionou melhora expressiva do consumo de oxigênio e de suas repercussões funcionais, embora com baixo impacto na qualidade de vida