Validação do protocolo de avaliação miofuncional orofacial MBGR para adultos com disfunção temporomandibular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bueno, Mariana da Rocha Salles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-16102014-085603/
Resumo: Este estudo teve como propósito validar o Protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial MBGR para aplicação em adultos com disfunção temporomandibular (DTM). Participaram do estudo 30 adultos, sendo distribuídos em grupo DTM (n=15) e grupo Controle (n=15). O processo de validação consistiu da análise da validade de conteúdo, de critério e de construto, além da concordância inter e intra-avaliador e da sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e de prevalência do distúrbio miofuncional orofacial (DMO). Para a análise da validade de conteúdo do MBGR foi realizado o mapeamento dos aspectos do protocolo e a análise da representatividade dos mesmos, por meio de consulta à literatura. Para a validade de critério o Protocolo AMIOFE foi tomado como padrão. Para a validade de construto os grupos controle e DTM foram comparados quanto ao escore obtido no MBGR e o Protocolo MBGR foi comparado aos exames instrumentais: limiar de dor à pressão por meio do algômetro digital; pressão de língua por meio do Iowa Oral Performance Instrument (IOPI) e; pico do fluxo nasal inspiratório utilizando o In-Check Nasal®. Os resultados foram submetidos à análise estatística, considerandose nível de significância de 5%. Foi confirmada a validade de conteúdo, visto que o Protocolo MBGR abarca todas as questões funcionais presentes em indivíduos com DTM; validade de critério, com correlações significantes entre os itens correspondentes entre o MBGR e AMIOFE (lábios: rs= -0,46 / língua: rs= -1 / palato: rs= -0,47 / respiração: rs= -0,69 / deglutição: rs= -0,45 / mastigação: rs= -,048); validade de construto, diferenciando indivíduos com e sem distúrbio nos aspectos de dor à palpação (p=0,0002) e mobilidade mandibular (p=0,0014), com correlação significante entre a avaliação clínica do MBGR e o uso do algômetro digital (articulação temporomandibular direita: rs= -0,43 / articulação temporomanbibular esquerda: rs= -0,58 / masseter direito: rs= -0,51 / masseter esquerdo: rs= -0,61 / temporal direito: rs= -0,48 / temporal esquerdo: rs= -0,55), bem como confirmação do exame instrumental para a classificação do modo respiratório; a força de concordância, medida pelo Kappa Ponderado (Kw), variando de pobre a muito boa para a análise interavaliador e de razoável a muito boa para intra-avaliador utilizando o MBGR. Além disso, o MBGR apresentou sensibilidade de 71,43%, especificidade de 75%, valor preditivo positivo de 71,43%, valor preditivo negativo de 75% e prevalência de DMO de 46,67%. Portanto, o Protocolo MBGR demonstrou-se valido para aplicação em adultos com DTM, de forma que contempla todos os aspectos que devem ser observados no exame miofuncional orofacial, possibilitando o diagnóstico das alterações oromiofuncionais nesta população.