Desaparecimento da flexão verbal como marca de tratamento no modo imperativo - um caso de variação e mudança no português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Braga, Henrique Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-05012009-141440/
Resumo: A partir de um corpus composto por textos dramáticos, produzidos na região sudeste brasileira entre 1850 e 1975, nossa pesquisa se destina a estudar o uso que os falantes fizeram, ao longo desse período, das formas do singular do modo imperativo. A motivação para esse estudo se deve ao fato de que, em certas variantes do português brasileiro nas quais se trata o interlocutor primordialmente pelo pronome você, é já constatado um processo de variação entre a forma imperativa oriunda do indicativo associada ao tratamento em segunda pessoa do singular e a forma oriunda do subjuntivo tida como terceira pessoa do singular. Dada essa sincronia, já analisada por alguns trabalhos, nosso intuito foi investigar usos de épocas anteriores, visando a identificar se, ao longo do tempo, além da variação é possível ainda observar um processo de mudança lingüística envolvendo essas formas verbais. Para tratar do fenômeno em questão, optamos pela Teoria Multissistêmica (cf. CASTILHO, 2006), uma abordagem funcionalista que assume a língua como um sistema complexo, no qual os subsistemas gramatical, lexical e semântico-pragmático, embora sejam correlacionados, não estabelecem relações determinísticas. Buscamos ainda sugestões metodológicas da sociolingüística variacionista para quantificar os dados em análise.