Da troca de pernas no leito de viúvas sem porvir : a transgressão feminina em Ana de Amsterdã, Bárbara e Geni, de Chico Buarque

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: CAVALCANTI, Roberta Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8637
Resumo: A presente pesquisa apresenta como tema a transgressão feminina nas personagens buarqueanas: Ana de Amsterdam, Bárbara e Geni. As personagens são caracterizadas como transgressoras, tomando por parte, respectivamente, suas condições enquanto prostituta, lésbica e travesti, que ganharam vida em plena Ditadura Militar, uma vez que foram escritas para as peças Calabar: o elogio da traição (1973) e Ópera do Malandro (1978). A metodologia utilizada será a qualitativa, aplicada ao campo literário e que possui como base para análise as canções contidas nas peças teatrais e nas quais as personagens assumem o eu-lírico. A pesquisa está estruturada em três etapas: escolha do referencial teórico, tentando, ao máximo, utilizar da decolonialidade na escolha de uma produção no Sul global e nas escritas de si, separação do corpus (escolha das canções a serem trabalhadas) e análise das personagens sob a ótica das suas condições de subalternidade. O trabalho está dividido em 03 capítulos: o primeiro em que consta a análise do contexto histórico, uma vez que essas personagens passaram a existir durante o período militar brasileiro. O segundo capítulo é destinado às análises de Ana de Amsterdam como prostituta, que possui como referencial teórico Rebecca Solnit (2016), Sílvia Federici (2017) e Monique Prada (2018), e Bárbara, analisada como lésbica, sob à luz de Monique Wittig (1980) e Tania Navarro- Swain (2004); O terceiro capítulo, destinado à Geni, trabalha a construção da identidade travesti com base em Viviane Vergueiro (2015), Jaqueline de Jesus (2012) e Sara Wagner York, Megg Rayara Oliveira e Bruna Benevides (2020). As três mulheres buarqueanas aqui estudadas usaram da transgressão feminina quando decidiram romper com o âmbito privado ao se prostituir, com a heterossexualidade compulsória ao se relacionar com outra mulher e com a cisgeneiridade, ao assumir a identidade travesti.