Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Rosseti, Paula Daniele Lopes da Costa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/310783
|
Resumo: |
Introdução: A experiência do parto é um processo complexo e subjetivo, variando conforme as características de cada paciente. Dentre as opções analgésicas disponíveis para as parturientes, a analgesia neuroaxial, via subaracnoide e/ou peridural, é amplamente reconhecida por sua eficácia e segurança. Em alguns casos, partos planejados por via vaginal com analgesia no neuroeixo podem evoluir para cesariana. A incidência deste fato é incerta, bem como os fatores relacionados. O objetivo deste estudo é quantificar a incidência de cesariana em parturientes que receberam analgesia neuroaxial para o parto normal e identificar os fatores associados à realização de cesárea. Métodos: Em estudo observacional, no período de 1 ano e três meses, foram avaliadas parturientes que receberam analgesia de parto por via subaracnoide e/ou peridural para realização de parto normal e analisados os fatores associados com a evolução para cesariana. Realizamos regressão logística binomial múltipla seguida de procedimento de step-up para identificar os fatores associados e desenvolver o modelo preditivo. Resultados: Avaliamos 331 gestantes com partos planejados por via vaginal sob analgesia neuroaxial e 94 (28,4%) evoluíram para cesariana. Pela análise univariada, as variáveis que se associaram com a realização de cesariana (P < 0,05) foram: idade materna; índice de massa corporal, idade gestacional; dilatação do colo uterino no momento da realização da analgesia, tempo sob analgesia, parto monitorado/conduzido pela enfermagem e o não uso de ocitocina após a realização da analgesia. A regressão logística resultou em três variáveis preditivas [razão de chances (intervalo de confiança de 95%)]: idade materna, 1,0526 (1,0048 - 1,1042), P = 0,032; tempo sob analgesia, 1,0040 (1,0013 - 1,0068), P = 0,004; e uso de ocitocina após realizar a analgesia, 0,1214 (0,0633 - 0,2216), P < 0,001. A acurácia (intervalo de confiança de 95%) do modelo preditivo com essas três variáveis foi 78,9% (73,3% - 84,5%). As principais causas para o parto cesariano foram a parada da descida fetal (35,1%) e sofrimento fetal (34,0%). Conclusões: Em gestantes submetidas à analgesia de parto por via neuroaxial, a incidência de cesárea foi 28,4% sendo que o conjunto de variáveis idade, maior tempo sob analgesia e o não uso de ocitocina ao longo da analgesia elevam a chance de evolução para cesariana, com grau de predição moderado. Parada da descida fetal e sofrimento fetal foram as principais causas para a realização de cesariana. |