A exportação de capitais brasileiros 2012-2014: estudo sobre as empresas "maquiladoras" brasileiras no Paraguai

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Mazin, Angelo Diogo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180579
Resumo: Em um contexto de dominação do espaço, o modo de produção capitalista desenvolve mecanismos para movimentar-se na busca da realização de seu principal objetivo: a valorização do valor. Nesse contexto de internacionalização, próprio da fase atual do sistema capitalista, empresas exportam seu capital para qualquer parte do mundo, com o intuito de encontrar as melhores condições para extraírem mais valia. Esse fenômeno foi caracterizado por Lênin como “fase imperialista do capitalismo”. A partir do primeiro governo Lula – PT, se desenvolvem condições favoráveis para empresas brasileiras acumularem capitais, fruto de desenvolvimento conjuntural da economia global, onde o Brasil consegue acumular capitais devido à alta dos preços dos commodities. Devido ao crescimento histórico da China, um dos principais compradores da produção agrícola e mineral brasileira, se desenvolvem condições de crescimento da economia, o que permite um acúmulo de capital, que posteriormente será revertido para a expansão de empresas brasileiras. Assim, há um processo que permite a exportação de capitais brasileiros e associados, financiada pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que se expandem para outros “territórios”, com o intuito de acumularem capital, sendo o Paraguai um dos destinos dessas exportações. Entretanto, é a partir do primeiro mandato de Dilma Rousseff, concomitante com o golpe que sofre o governo Fernando Lugo no Paraguai, que os volumes de exportações de capitais brasileiros para o Paraguai ganham uma dinâmica considerável, especificamente entre 2012 e 2014. Este trabalho busca compreender as motivações de tais empresas em exportarem capitais para o Paraguai; os mecanismos desenvolvidos para que esse movimento se realize nas melhores condições possíveis para o capital; realização de um mapeamento de quais empresas brasileiras estão inseridas nesse processo, também denominado internacionalização. A implantação de empresas maquiladoras no Paraguai, com a “ley de maquilas”, foi um dos mecanismos desenvolvidos pelo capital, que apresenta as melhores condições para extraírem ao máximo os recursos naturais daquele país, explorarem a força de trabalho ao máximo, e assegurarem mercados para exportarem as mercadorias.