Trace element geochemistry of apatite and magnetite in gold systems of the Alta Floresta mineral province: petrogenetic and metallogenic implications

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Leite, Pedro Augusto Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193761
Resumo: Minerais indicadores, como apatita e magnetita, são úteis para discriminação entre rochas estéreis e halos de alteração hidrotermal, visto que eles apresentam composições químicas contrastantes que permitem-nos inferir a distância de um prospecto mineral e que tipo de depósito se trata. Neste estudo, foram avaliados os padrões texturais e composicionais em apatita e magnetita em depósitos minerais Paleoproterozoicos da Província Mineral de Alta Floresta, no Cráton Amazônico, para estimar se há potenciais metalogenéticos não realizados na região. Amostras foram coletadas de rochas hospedeiras estéreis e de zonas alteradas de três depósitos auríferos hospedados em intrusões graníticas (depósitos Luizão, Pé Quente e X1), um depósito epitermal de ouro e metais base (depósito Francisco), e uma unidade granítica estéril (Suíte Intrusiva Teles Pires). Seções delgadas destas unidades foram analisadas por microscopia de luz transmitida e refletida, microscópio eletrônico de varredura (MEV) e catodoluminescência (CL). Em seguida, composições da apatita e magnetita foram medidas por microssonda eletrônica (EMP) e ablação a laser associada a um espectrômetro de massas com plasma indutivamente acoplado (LA-ICP-MS). Os dados geoquímicos foram tratados, avaliados estatisticamente, analisados para componentes principais (PCA) e aplicados a funções discriminantes lineares (LDA). Apatita apresenta variações texturais que dependem do tipo de alteração hidrotermal com que ela está associada: (1) apatita com luminescência amarelo-verde em rochas hospedeiras estéreis, (2) apatita com luminescência verde fortemente saturada em rochas com alteração fílica, e (3) apatita com luminescência cinza, de brilho desbotado, em rochas com alteração potássica e propilítica. Estes tipos diferentes de apatita são progressivamente enriquecidos em REE, Mn e Ge, de (1) a (3), o que indica interação com fluidos hidrotermais. No depósito X1, apatita relacionada à alteração fílica apresenta altas concentrações de Mn e HREE, similares a depósitos de Cu-Au pórfiro. Oxibarometria da apatita baseada em Mn revela uma fugacidade de oxigênio relativamente mais baixa durante a alteração hidrotermal (fO2 -10 e -14) do depósito Pé Quente, e condições fortemente redutoras durante a precipitação do sulfeto (fO2 -35 a - 23) no depósito X1. O oxibarômetro da apatita foi comparado a uma razão redox relativa (V/Ga) em magnetita, baseada em dados experimentais da literatura. A magnetita registrou valores menores de fO2 (-8.93 a -10.30) apenas para alteração com titanita (esfenitização) durante alteração deutérica ou propilítica. Em outros casos, a razão redox relativa em magnetita aparenta reter os valores de fO2 do fracionamento magmático. Magnetita é majoritariamente ausente das zonas hidrotermais, como no depósito X1, aonde, ao invés de magnetita, ocorre a precipitação de pirita. No depósito X1, intercrescimentos de ilmenita-magnetita endossam a hipótese de que sulfetos cristalizaram sob condições redutoras. Apatita oferece informações incisivas sobre a natureza dos sistemas magmático-hidrotermais, através de elementos como F, Cl, Mn, REE, Sr e Ge. Por sua vez, magnetita apresenta diversas desvantagens como um mineral indicador: (1) alteração pseudomórfica para hematita (martitização), (2) alteração em titanita (esfenitização), e (3) variância de elementos-traço coordenada pelas concentrações de Ti (11 ppm a 4.64 wt. %), o que impede a avaliação de elementos-traço que variam independentemente do Ti. Ainda que apatita e magnetita coprecipitem no magma e sejam associadas como parte da fase acessório, elas posteriormente se bifurcam em duas trajetórias de cristalização distintas.