A discriminação racial e o julgamento de ações pró e antissociais na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Azevedo, Josiane Paula Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157306
Resumo: Nossa sociedade é caracterizada por sua grande diversidade social, cultural, de sexo, etnias, credos, entre outras, além de acentuada desigualdade econômica. A escola, mais do que um espaço destinado à alfabetização e ensino dos conteúdos, deve contribuir para a formação moral dos indivíduos, criar situações de aprendizagem em que a questão da diversidade seja abordada. O presente trabalho trata das questões do preconceito e discriminação entre alunos da Educação Infantil, analisando a influência da cor da pele na escolha de parceiros de brincadeira e no seu julgamento de ações pró-sociais. Assim, investigamos se a cor da pele é uma variável que influencia a maneira como crianças escolhem parceiros de brincadeira e como essa relação se modifica com a idade; se as crianças relacionam sua percepção de bondade/maldade com a aparência ou são mais influenciadas pelo contexto de ações pró ou antissociais em que são apresentados. As formas de pensamento foram investigadas visando sua categorização e compreensão do seu julgamento sociomoral. A pesquisa foi realizada com crianças matriculadas na Educação Infantil da rede municipal de São José do Rio Preto. A elas foi apresentada uma história-estímulo e responderam a uma entrevista semiestruturada. Embora os personagens da história possuíssem identidade racial distinta, nossos resultados apontam que as crianças orientam sua preferência e atribuição de qualidades levando em consideração as atitudes apresentadas, sem considerar a cor da pele como critério de decisão. Em sua maioria, as crianças se utilizam de justificativas do tipo Emissão de juízo para dar razão às suas respostas. Dentre os fatores analisados, quais sejam: nível socioeconômico, idade ou sexo, nenhum mostrou influência sobre as escolhas dos entrevistados. Os resultados obtidos nos permitem considerar que a formação social da família e da escola pautada no convívio com o outro, valorização da diversidade e na capacidade de reflexão é capaz de dissipar o racismo nas atitudes das crianças. Esses achados enfatizam a importância da Educação Moral em ambiente escolar.