Exportação concluída — 

Momento bossa nova: arte, cultura e representação sob os olhares da revista O Cruzeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Gava, José Estevam [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103207
Resumo: Os anos de 1959 a 1962 são considerados como período Bossa Nova, época em que o estilo musical floresceu e se afirmou como marca distintiva. Sabe-se, porém, que o termo Bossa Nova foi desde logo utilizado para rotular o mais variado leque de atividades, objetos e situações. Por sua força sugestiva, relacionada a dinamismo e novidade, a sigla BN integrou o imaginário e representações de uma época, para a qual o Brasil aparecia como país jovem, moderno e promissor. Esta pesquisa aborda justa-mente essa movimentação bossanovista em sua vertente não-musical. Para tanto, em-prega a revista O Cruzeiro como fonte de material e objeto de estudo em si, haja vista a quantidade substancial de menções e utilizações que fez do termo Bossa Nova. Ana-lisam-se, aqui, os vários sentidos conferidos ao neologismo da moda e a função da música como polarizadora dessas representações. Contudo, dá-se atenção especial a um tipo peculiar de design gráfico explorado pela revista nos anos de 1959 e 1960, intitulado paginações Bossa Nova. As matérias assim configuradas se caracterizaram pela geometrização, economia de elementos e amplo uso de fotomontagens. Além disso, propuseram interessante mescla entre coluna social, biografia, humor, expe-rimentação e manifesto pela atualização da forma de acordo com as linhas constru-tivistas que vigoravam em São Paulo e Rio de Janeiro naquele momento. Esses no-vos formatos de reportagens são analisados com base na história do jornalismo ilus-trado e nos intercâmbios havidos entre a imprensa periódica e campos dedicados à pesquisa formal mais pura. Demonstra-se, por fim, como alguns artistas, intelectu-ais e jornalistas brasileiros situados na transição entre as décadas de 50 e 60 co-mungaram ideais de modernidade análogos e os difundiram como ferramentas para a construção de mentalidades e representações sociais.