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Mecanismos de ação antioxidante no estado de pós-hipóxia induzida em Phrynops geoffroanus (Testudines:Chelidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Nathalia Rossigalli Alves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136414
Resumo: Phrynops geoffroanus (Testudines: Chelidae) compõe um grupo de répteis tolerantes a ambientes com variações na disponibilidade de oxigênio, representando um excelente modelo para estudos que visam compreender os mecanismos fisiológicos e bioquímicos que envolvem a resistência ao estresse oxidativo e dano celular. Esses mecanismos permitem a sobrevivência em situações de privação de oxigênio, bem como a consequente reoxigenação dos tecidos, situação conhecida por liberar as chamadas espécies reativas de oxigênio (ERO), um grupo de moléculas capaz de interagir com outros componentes celulares. As ERO, quando em excesso, podem ser prejudiciais ao organismo, podendo levar à oxidação de componentes essenciais da célula, como proteínas, DNA e ácidos graxos. Os quelônios possuem alta capacidade antioxidante, capaz de combater os efeitos deletérios das ERO e, consequentemente, sobreviver de forma adequada após o período que estiveram sob estresse. Com isso, este estudo consistiu na avaliação dos mecanismos de ação antioxidante que atuam após a reoxigenação decorrente de um período de hipóxia induzida em P. geoffroanus, buscando avaliar a atividade dos principais agentes antioxidantes, assim como a existência de dano celular em cérebro, coração, fígado e pâncreas. Foram utilizados 20 indivíduos adultos coletados no rio Preto, pertencente à bacia Turvo/Grande, na cidade de São José do Rio Preto, São Paulo. Os animais foram aclimatados por 120 dias, e, após esse período, foram realizados os experimentos de normóxia e reoxigenação, em temperaturas controladas de 27ºC e 17ºC, correspondente à amplitude térmica do rio Preto durante o ano. Os tecidos dos animais foram coletados para posterior análise da atividade das enzimas catalase, glutationa redutase, glutationa S-transferase e glutationa peroxidase, além de uma análise dos níveis de peroxidação lipídica, por meio da quantificação do malondialdeído. Diferentemente do que era suposto, a maior atividade das enzimas avaliadas não foi observada em todos os tecidos expostos à reoxigenação. Observou-se a existência de dano celular decorrente da peroxidação lipídica, em especial nos organismos expostos à reoxigenação, evidenciando que o dano existe, apesar de baixo, quando comparado a outros animais. Os resultados obtidos neste trabalho, não somente poderão elucidar questões referentes à conservação de uma espécie muitas vezes negligenciada, mas também auxiliar no melhor entendimento sobre a história de vida, bioquímica e biologia celular desses animais, assim como na compreensão dos mecanismos de reparo do estresse oxidativo.