Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Carlos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/99172
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Resumo: |
O romance urbano romântico brasileiro do século XIX tem uma relação, de certa forma, diversa com o modelo europeu, que o influenciou. Enquanto na Europa o romance assumiu uma postura de crítica da sociedade burguesa, justamente a partir dos valores e dos costumes dessa classe, no Brasil, o gênero serviu como instrumento de idealização da realidade, camuflando as contradições das relações sociais. Assim, os valores e os costumes da classe dominante, formadores de um discurso pretensamente homogêneo, tentaram esconder as debilidades das instituições brasileiras da época e, por conseguinte, todos os contrastes da efervescência diária. Por meio dessa inversão de perspectiva do romance moderno, a vertente romântica formou uma tradição, que consubstancia os modismos europeus com a cor local. Isto é, uma representação da realidade divergente da sociedade que tencionava recriar. Com efeito, esse processo é a chave da aproximação e de afastamento entre o romance urbano romântico brasileiro e o europeu. O presente estudo tem por finalidade analisar, exatamente, a representação da realidade do romance Ressurreição, o primeiro de Machado de Assis, no que diz respeito a essa consubstanciação da tradição da vertente urbana do romantismo brasileiro. Para tal investigação, dar-se-á atenção à elaboração do narrador e do protagonista de Ressurreição, bem como à relação entre eles. Mediante isso, procurar-se-á estabelecer a aproximação e o afastamento do referido romance a essa mesma tradição |