Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Avezum, Suzana Garcia Pacheco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNISA
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unisa.br/handle/123456789/1193
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Resumo: |
Estudos prévios sugerem associação da disposição para o perdão ao processo de adoecimento, incluindo a doença cardiovascular. Torna-se necessário avaliar como se processa o perdão naquele que o concede, bem como no que o recebe. Estratégias de pesquisa experimentais e observacionais fornecem informações sugestivas que o perdão atua positivamente na saúde emocional. Objetivos: Avaliar a associação da disposição ao perdão e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e sua associação com espiritualidade e religiosidade. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional analítico caso-controle, ajustado para idade e sexo, em pacientes após IAM, comparados com indivíduos sem doença cardiovascular (DCV). Foram aplicadas três escalas: EDP (Escala de Disposição para o Perdão), DUREL (Duke Religious Index), BMMRS (Medida Multidimensional Breve de Religiosidade e Espiritualidade). Para análise dos dados, utilizou-se o Teste Exato de Fisher e considerou-se nível de significância p< 0,05. Resultados: Foram incluídos143 participantes (70 no Grupo 1 com IAM e 73 no Grupo 2 sem DCV conhecida, 38% do sexo feminino, idade média de 63,4 (homens), e 60,6 (mulheres). Após realização de pareamento dos dois grupos por idade e sexo, restaram 130, distribuídos de forma relativamente comparável nos dois grupos: Grupo 1 e Grupo 2 com 65 participantes cada. A variável disposição para o perdão foi avaliada pela EDP. O Grupo 1 mostrou menor disposição para o perdão em situações que incluem ser preterido (Questão 5, p=0,024; Questão 10, p=0,045); e situação de quebra de confiança e desrespeito (Questão 8, p=0,028; Questão 11, p=0,022). O Grupo 2 traz diferença com tendência para situação de trabalho (Questão 1, p=0,074). Em relação à Religiosidade/Espiritualidade, a Escala BMMRS utilizada mostra perfil para o Grupo 1 com maior predominância de respostas que retratam uma religiosidade mais organizacional e formal (Questão 16, p= 0,008; Questão 23, p=0,034), com características de falta de confiança em Deus (Questão 22, p=0,018; Questão 30, p=0,004). O Grupo 1 possui maior contato com as pessoas de sua comunidade religiosa (Questão 26, P=0,020). Para o Grupo 2, foi detectado maior envolvimento com a espiritualidade, com vivência de paz e harmonia interior (Questão 3, p= 0,001; Questão 23, p= 0,034). Este grupo também não acredita ser punido por Deus por seus pecados ou falta de espiritualidade (Questão 20, p=0,010). A Escala DUREL não apresentou resultados com diferenças significativas detectáveis entre os grupos. Conclusões: Resultados sugerem que indivíduos com IAM apresentam menor disposição ao perdão em algumas situações avaliadas, bem como maior religiosidade organizacional. Estudos com maior tamanho de amostra e ajustado para todas as variáveis associadas com IAM são necessários. |