A mulher na ciência do Amaro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Elaine Patrícia de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNEB
Programa de Pós-Graduação em Estudos Africanos, Povos indígenas e Culturas Negras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5014
Resumo: O trabalho intitulado “A Mulher na Ciência no Amaro” versa sobre a presença das mulheres na ciência indígena do Povo Pankararé de Glória – Bahia – Brasil. Situados na região do Raso da Catarina, os Pankararé possuem em seu sistema de crença relacionados ao culto a natureza através do Toré, Mesa da Ciência e a dança dos Praiá realizados num território sagrado denominado Amaro. As mulheres participam deste sistema numa conotação polissêmica desde os fenômenos relacionados à sustentação do rito no puxamento de cânticos, quer seja na busca constante de espaços, no qual a presença e o papel das mulheres sejam reconhecidos. Todo trabalho foi demarcado por torés de conversas, no qual foi possível traçar uma cartografia de cunho visual através de fotografias, etnodesenhos e conversações que impulsionaram a escrevivência, num esforço de compartilhamento de informações e análise da realidade vivida. O recorte de gênero apontado, aufere não apenas o complexo sistêmico de separatismo e preconceito cunhado às mulheres indígenas, mas, permitiu-nos por outro lado, identificar em que medida as mulheres indígenas protagonizam, na transmissão de saberes, fazeres e poder ecocosmológico, bem como, no reforço as lutas de resistência em torno da identidade e do território. A Mãe do Terreiro e as mulheres do Amaro, desenvolvem papéis históricos e relações sociopolíticas e organizativos na resistência do Povo Pankararé. Assim, as desigualdades são superadas na medida de uma consciência feminina acerca dos seus papéis coletivos. O sagrado, as memórias, as gestas, os ritmos são composições que marcam paisagens sonoras, cartografias emancipatórias dos próprios corpos femininos.