Exportação concluída — 

Serão negras as professoras de educação infantil municipal de Salvador? Quando o silêncio é a resposta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pinheiro, Carla Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado da Bahia
Programa de Pós-Graduação em Estudos Africanos, Povos indígenas e Culturas Negras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://saberaberto.uneb.br/handle/123456789/4661
Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo analisar as autodeclarações de cor/raça das professoras de Educação Infantil atuantes na Prefeitura Municipal de Salvador, no período de 2017 a 2019 de acordo com o Censo Escolar da Educação Básica. Apresenta a trajetória da autora em articulação com pesquisas que informam sobre a manifestação do silêncio, sobretudo no ambiente escolar, como argumento para reflexão acerca de como os conflitos podem repercutir tanto nas identidades quanto nas jornadas de vida dos sujeitos. Na perspectiva de contribuir para a discussão sobre a classificação racial propõe uma reflexão sobre as categorias de identificação étnico racial nos recenseamentos demográficos brasileiros. Reconhece o mito da democracia racial como desdobramento da eugenia positiva no Brasil, uma formulação teórica elaborada em decorrência da miscigenação brasileira com vistas ao embranquecimento da nação. Lastreada na ‘cultura do silêncio’, compreende os dados de autodeclaração étnico-racial das professoras investigadas como manifestação do racismo brasileiro que se consolida através da deslegitimação por meio de diferentes expedientes dos corpos e das vozes dos sujeitos que não se adequam ao modelo de humanidade imposto pela tese da ‘boa geração’. Considera que o sistema de classificação racial oficial brasileiro é caracterizado por incongruências, fruto de uma estrutura estigmatizante, que interfere nos direcionamentos quanto à identificação étnico-racial de cidadãs e cidadãos resultando em dados estatísticos que evidenciam um “retrato” da sociedade brasileira, especialmente, nesse caso, da docência da Educação Infantil, que tem por marca a não consciência e/ou o silenciamento quanto à pertença étnico-racial.