Condições de saúde bucal de gestantes durante a assistência pré-natal
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1192 |
Resumo: | Introdução: Além das mudanças físicas e emocionais características do período gestacional, muitas crenças e mitos envolvem a gravidez e a saúde do binômio mãe-filho e podem influenciar em hábitos e atitudes da gestante. O tratamento odontológico em gestantes consiste em um desses mitos, sendo a principal dúvida se o mesmo pode prejudicar a saúde do bebê ou a formação dele, resultando na não procura desse público pelo dentista. Os principais motivos envolvem a incerteza quanto ao tratamento durante a gravidez, os riscos sobre a formação do feto e a baixa percepção das necessidades de tratamento. Objetivo: Avaliar a associação entre impactos da saúde oral com variáveis sociodemográficas, hábitos de saúde bucal e percepções odontológicas em gestantes. Procedimentos Metodológicos: Este estudo foi realizado com 93 mulheres gestantes nas quais foram avaliadas percepções de saúde bucal provenientes ao não acompanhamento odontológico durante o pré-natal. Para a coleta de dados utilizou-se um formulário pelo Google Forms disponibilizado via e-mail para as participantes contendo três instrumentos: um com os dados sociodemográficos, outro pertinente à saúde bucal e o terceiro o Oral Health Impact Profile. Para análise estatística das variáveis categóricas foram empregadas as distribuições de frequências absolutas e quantitativas, medidas de tendência central e medidas de dispersão. Utilizou-se coeficiente de correlação de Pearson para preditores quantitativos e t- student para dicotômicos. Foi realizada a análise de regressão linear múltipla com nível de significância α de 0,05. Resultados: As 93 entrevistadas apresentavam faixa etária predominante de 18 a 23 anos (38,7%), renda familiar entre um até dois salários mínimos (45,2%), ensino médio completo (23,7%) como também superior completo (23,7%). Diferenças estatísticas consideráveis foram identificadas no avanço da idade, baixa escolaridade e menor renda familiar, ao comprometimento à saúde bucal por meio do instrumento Oral Health Impact Profile. Em relação aos hábitos, observou-se que 71% Ralizava o consumo de bebidas alcoólicas e 87,1% eram tabagistas. Médias relacionadas às participantes tabagistas demonstram diferenças estatísticas consideráveis (p< 0,05) ao comprometimento à saúde bucal. Ao analisar as percepções odontológicas, 51,6% das participantes julgaram que não podem realizar tratamento odontológico durante a gestação e que ainda 86% não receberam orientações durante o período gestacional para realizarem o acompanhamento odontológico. Das participantes, 87,1% não foram informadas por nenhum profissional sobre a importância do acompanhamento odontológico durante a gestação e 50,5% das gestantes apresentaram alterações bucais, apresentando significância estatística (p<0,05), consistindo dessas alterações 37,6% de sintomatologias relacionadas à gengivite. Conclusão: Sugere-se a realização de estudos considerando um número amostral maior com as mesmas variáveis e instrumentos utilizados nesta pesquisa a fim de conhecer com mais profundidade a interferência dos diversos fatores socio-econômicos e culturais envolvidos na saúde oral da gestante, visto que estudos nesta área ainda são escassos. |