Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pizzani, Matheus Pires Mariniello [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71039
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Resumo: |
O objetivo do trabalho é descrever a maneira pela qual se deu a participação da Sociedade Rural Brasileira na formação da política cambial do café durante o governo de Juscelino Kubitschek como presidente da República, com foco nos anos de 1958 a 1960, período que compreende o mandato de Renato Costa Silva, ex-presidente da entidade, como presidente do Instituto Brasileiro do Café, órgão responsável pela elaboração da política cambial voltada exclusivamente para o produto. A metodologia utilizada contemplou a utilização de fontes primárias, em especial a revista “A Rural”, publicada pela Sociedade Rural Brasileira, bem como trechos de discursos de congressistas e outros atores relevantes para o bom entendimento desta temática. Como ferramenta analítica foi escolhida a teoria do neocorporativismo, que tem como objeto de estudo a relação entre grupos de interesse e entidades públicas no âmbito de democracias liberais, característica marcante deste período. O resultado obtido a partir da combinação dos elementos teóricos e históricos foi a constatação de que durante o período em questão houve uma aproximação significativa entre representantes da esfera do capital e o governo, que buscaram construir de maneira conjunta uma política que atendesse aos interesses de ambos, sendo eles: o aumento dos lucros auferidos pela venda de café, pauta de interesse do primeiro grupo, e a elevação da quantidade de divisas geradas a partir destas vendas, objetivo do segundo. A principal conclusão observada é de que a partir de um arranjo neocorporativo foi de fato possível combinar interesses que até então eram vistos como antagônicos, algo que só foi possível graças às instituições públicas do período, que ao invés de funcionarem como arena para o conflito de poderes entre as esferas previamente citadas, tornou-se um espaço de mediação e conciliação de interesses destes atores. |