Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Alexandre Muselli
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Orientador(a): |
Francelino, Márcio Rocha |
Banca de defesa: |
Francelino, Márcio Rocha,
Turetta, Ana Paula Dias,
Corrêa Neto, Thaís de Andrade |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10623
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi realizar o estudo ambiental do flanco norte do vulcão Cotopaxi, Equador, com o enfoque da ação dos processos intempéricos e climáticos na formação dos solos e processos criopedogênicos, em um transecto variando entre 3.979 a 4.885m de altitude. Para o estudo foi realizado o levantamento e zoneamento vegetal; análise geomorfológica digital, composta por elevação, declividade, curvatura, face de exposição e radiação; estudo geológico; monitoramento das temperaturas em cinco profundidades do solo e do ar em três pontos de elevação diferentes; descrição e coleta de seis perfis representativos, de acordo com a variação de vegetação, topografia, presença de neve e elevação; e avaliação da composição do solo, através de análises petrográficas, mineralógicas, físicas e químicas dos solos. A vegetação que recobre a encosta é o Páramo, variando de porte de acordo com a elevação e o aumento das camadas de gelo sobre o solo, sendo este presente até os 4.885m, e a biota é representada por organismos extremófilos. A geologia do Vulcão Cotopaxi é complexa devido a recentes atividades vulcânicas, sendo o material expelido Riolíto-Andesito, comprovadas pelas análises petrográficas, com grandes deposições de tephra, e área de deposições de corrida de detritos. A geomorfologia é característica de estrato vulcões, formações cônicas e simétricas, com base ampla e declive suave, indo a cumes com elevada altitude e grandes declividades, suas encostas são repletas de sistemas de drenagem e feições erosivas, e nas porções mais baixas ocorrem depósitos sedimentares de origem periglacial. As temperaturas registradas mostraram que o solo se mantem em níveis mais elevados que a temperatura do ar para as três elevações, mesmo nos sistemas que apresentam cobertura de gelo, mostrando que o solo possui propriedades de isolamento térmico. Os solos são estratificados, com camadas intercaladas de cinza e lapilli, pedregosos, com textura predominantemente grosseira e baixo conteúdo de argila. As análises mineralógicas apontaram a presença de minerais facilmente intemperizáveis, como apatita, as olivinas, os piroxênios e os feldspatos. Os minerais encontrados refletem nos dados químicos dos solos, com teores elevados dos elementos de Na, P e K, além dos altos teores de Fe, pelo material de origem de mineral ferromagnesiano. Os seis perfis descritos foram identificados em dois sistemas de classificação de solos, o WRB da FAO e o Soil Taxonomy do USDA. Sendo para o WRB, três solos classificados como Regosols, dois Leptosols e um Cryosol. No Soil Taxonomy, três solos são Inceptisols, dois Entisols e um Gelisol. A presença de textura grosseira e rochas vesiculadas, juntamente com a grande presença de minerais facilmente intemperizáveis, evidenciam o predomínio do intemperismo físico sobre o químico na alteração do material de origem do Vulcão Cotopaxi. Este fato resulta no fraco desenvolvimento dos solos, também influenciado pelo clima, tipo de vegetação e as recentes deposições de material pela atividade vulcânica. Como os registros de temperatura do solo foram de apenas um ano, não é possível determinar a sua dinâmica térmica, sendo necessária a continuidade do monitoramento para a obtenção de dados com maior duração de tempo. |