Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Marcela Barlette
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Orientador(a): |
Souza, Miliane Moreira Soares de
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Banca de defesa: |
Souza, Miliane Moreira Soares de,
Castro, Bruno Gomes de,
Dubenczuk, Felipe Carlos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20095
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Resumo: |
A bovinocultura leiteira representa uma das principais fontes de renda e geração de empregos do setor agropecuário brasileiro, sendo marcada por acentuada heterogeneidade tanto em relação aos sistemas de produção quanto ao perfil dos rebanhos e de produtores. O status sanitário de um rebanho leiteiro é essencial dentro da cadeia de produção, em que a maior dificuldade enfrentada pelos produtores é a mastite. Sua etiologia é atribuída tanto a agentes ambientais quanto contagiosos, sendo as bactérias do gênero Staphylococcus a causa mais comum entre todos os casos e amplamente distribuída pelo mundo. O setor de produção animal se torna crucial na propagação tanto de patógenos quanto de genes de resistência, sendo a administração de antimicrobianos como promotores de crescimento e profiláticos a principal via de pressão seletiva sobre a microbiota animal e ambiental. Considerando-se o significativo risco mediante quadros infecciosos e os embargos econômicos implicados, a OMS declarou a resistência antimicrobiana uma ameaça substancial a saúde global. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de espécies do gênero Staphylococcus e o perfil fenogenotípico de resistência antimicrobiana frente à classe dos beta-lactâmicos mediada pelo gene mecA a partir isolados obtidos de amostras de leite bovino coletados em propriedades no sul do estado de Rondônia e da região Sudeste, incluindo a Baixada Fluminense e propriedades localizadas na divisa com os estados de São Paulo e Minas Gerais, assim como avaliar o perfil higiênico- sanitário destas propriedades rurais. A amostragem abrangeu 127 amostras de leite, as quais foram submetidas a identificação fenotípica utilizando Ágar Manitol Vermelho de Fenol, teste de coagulase em tubo e resistência a bacitracina 0,04UI, e identificação proteômica por MALDI-TOF. A caracterização da resistência foi realizada pela técnica de difusão em disco usando cefoxitina, oxacilina e penicilina, e a detecção do gene mecA através de PCR. O levantamento do perfil higiênico-sanitário das propriedades foi feito pela aplicação de questionário durante a coleta das amostras. Os resultados obtidos demonstraram prevalência de aproximadamente 58% de S. aureus, frente a cerca de 42% de espécies de ECN. A resistência antimicrobiana fenotípica foi observada apenas em 35% dos isolados resistentes a penicilina, sendo que destes aproximadamente 43% foram provenientes da região Norte e 57% da região Sudeste. Dentre estes, foi confirmada a presença do gene mecA em cerca de 20% dos isolados, apresentando prevalência de 15% e 25% para as regiões Norte e Sudeste, respectivamente. Os resultados obtidos proporcionaram a comparação do perfil de resistência dos isolados e perfil higiênico-sanitário das propriedades incluídas no estudo. Desta forma, fica evidente a necessidade de abordagens direcionadas a atender as particularidades de cada região, sendo indispensáveis estudos mais profundos acerca do tema. |