Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Foiatto, Jordana |
Orientador(a): |
Ballestrin, Luciana Maria de Aragão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
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Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5283
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho consiste em analisar a inserção da perspectiva de gênero, recomendada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, nos processos de capacitação das tropas enviadas para Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), entre 2004 e 2017. Para tanto, observou-se a participação das militares brasileiras que estiveram em campo nesse período. O silenciamento que permeia as narrativas das mulheres nos diversos âmbitos da Segurança Internacional é o que motiva este estudo. Como arcabouço teórico, optou-se pela teoria feminista de Relações Internacionais, uma vez que a mesma emprega o gênero como categoria analítica. Sendo a metodologia de abordagem essencialmente qualitativa, foram utilizadas as seguintes técnicas de pesquisa: documental, observação e entrevista. A dissertação demonstrou que a inserção da perspectiva de gênero no treinamento dos contingentes brasileiros para as missões de paz ainda é demasiada incipiente. Além disso, confirmou-se a hipótese de que o foco dessa capacitação, baseada nas questões de gênero, esteve voltado para tratamento das mulheres locais. A partir disso, evidenciou-se que, durante os treinamentos que transcorreram ao longo de treze anos, a questão do empoderamento das mulheres militares foi levantada somente nos últimos contingentes. Foi possível observar também que essa falta de estímulo garantiu a manutenção da hierarquia de gênero que configura as organizações militares – espaços masculinizados por excelência – a partir da reprodução de estereótipos baseados no gênero. Ficou latente que, para ampliar o campo de possibilidades das militares brasileira, é necessário que as mesmas sejam reconhecidas como protagonistas capazes de desempenhar qualquer papel. |