O que é um autor na reportagem : diálogos entre ética, singularização e pontos de vista no discurso jornalístico
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Comunicacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35882 |
Resumo: | Campo historicamente associado à representação simbólica do real, o jornalismo alicerçou suas práticas nos procedimentos da objetividade, precisão e da primazia do factual. Essa orientação cientificista, inspirada pela corrente positivista, defende o apagamento das marcas de subjetividade nos textos jornalísticos. Sabemos, contudo, que onde há discurso, há pontos de vista, há formas singulares de enxergar os acontecimentos. Sendo assim, nosso objetivo é investigar como o jornalista se singulariza enquanto autor na reportagem, conciliando os códigos da escrita jornalística com o caráter ético e irrepetível de sua expressão. Como referenciais teóricos, mobilizamos os estudos de Foucault (2001), Bakhtin (2003), Amorim (2008) e Maingueneau (2008). Argumentamos que a autoria se manifesta no discurso jornalístico por meio de certas modulações, de estratégias discursivas que legitimam a fala e a imagem do autor perante o público. A partir disso, discutimos como o exercício da autoria influencia as propriedades temáticas, estilísticas e composicionais da reportagem, possibilitando o aparecimento do gênero reportagem de autor. Nas análises, articulamos essas duas perspectivas: primeiramente, verificamos a aplicabilidade das hipóteses de autoria às atuações profissionais de três repórteres: Daniela Arbex, Fabiana Moraes e Natália Viana, autoras das obras Holocausto Brasileiro, O nascimento de Joicy e São Gabriel e seus demônios, respectivamente. Em seguida, analisamos como cada texto apresenta as características da reportagem de autor, a partir de um diálogo entre as contribuições de Bakhtin (2003), Fiorin (2011) e Kramer (1995). |