Correlação entre achados ultrassonográficos hepatobiliares e desfechos na COVID-19 grave
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Cirurgia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56559 |
Resumo: | A COVID-19 é uma doença infecciosa multissistêmica causada pelo Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2), com impacto global, sendo responsável por milhões de infectados e de mortes. Apesar dos esforços de pesquisa nos últimos anos, persistem lacunas na compreensão da doença. Novas variantes surgem, determinando novas ondas e servindo de alerta para o fato de que a doença não foi debelada. O objetivo deste estudo foi investigar alterações hepatobiliares através de ultrassonografia em pacientes hospitalizados com COVID-19 e analisar sua associação com mortalidade e variáveis clínicas. Para isso, foi realizado estudo prospectivo observacional em três hospitais brasileiros referenciados para COVID-19 entre julho de 2020 e fevereiro de 2021. Foram incluídos no estudo 59 pacientes hospitalizados com COVID-19 grave, confirmada por RT-PCR, e submetidos a ultrassonografia hepatobiliar. Dados demográficos, clínicos e de imagem foram analisados e comparados utilizando análise estatística, incluindo teste exato de Fisher e teste Qui-quadrado de Pearson de acordo com as características dos dados para cada variável categórica. Os principais achados ultrassonográficos foram espessamento dos planos periportais (66%), esteatose hepática (51%), sinais de doença hepática crônica (36%), ascite (25%) e hepatomegalia (10%). A vesícula biliar não foi avaliada em 7 pacientes devido a status pós-colecistectomia ou a pouca distensão da vesícula no momento do estudo. A ultrassonografia mostrou sinais de colestase em 19 (36%) dos 52 pacientes, espessamento parietal em 9 (17%) e cálculos biliares em 5 (10%). Um total de 28 (47%) pacientes morreram, dentre eles 17 (61%) eram homens. Sinais ecográficos de colestase e espessamento parietal da vesícula biliar foram associados a uma maior mortalidade por COVID-19 grave (p <0,05). Em conclusão, este estudo mostrou que alterações ultrassonográficas hepatobiliares foram comuns em pacientes hospitalizados por COVID-19 grave e que colestase e espessamento parietal da vesícula biliar foram associados a uma maior mortalidade. |