A institucionalização dos ""saberes locais" a partir de políticas curriculares em Moçambique: comunidades epistêmicas, contextos de influência e lugar de intermediação
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24876 |
Resumo: | A presente pesquisa analisa a relação entre a comunidade epistémica e a institucionalização dos saberes locais a partir das políticas curriculares em Moçambique. Compreendemos a institucionalização dos saberes locais em Moçambique, como um processo inacabado e contínuo e intervencionado por comunidades epistêmicas. O objetivo central deste trabalho foi o de analisar a participação/influência das comunidades epistêmicas na institucionalização dos saberes locais, os modos de coexistência e o lugar de intermédio dos saberes locais nas políticas curriculares em Moçambique. Os pressupostos teóricos de referência foram os estudos culturais e pós-coloniais, por compreendermos que para além de trazerem uma abordagem ressignificativa dos saberes locais a partir da defesa do pluralismo cultural, empreendem uma crítica ao currículo monocultural centrado nos paradigmas educacionais ocidentais. Em termos metodológicos, com auxílio da técnica de análise de conteúdo, analisamos documentos produzidos pelo INDE/MINEDH e realizamos entrevistas semiestruturadas com representantes de instituições responsáveis pela institucionalização dos saberes locais e membros de comunidades epistêmicas que atuam no campo de educação orientado aos saberes locais. A partir da análise, entre outros aspetos, observamos que o processo de institucionalização deriva de contextos de influências variados e participam comunidades epistêmicas nacionais, regionais e internacionais, com maior enfoque nestes últimos devido a dependência financeira de Moçambique. Observamos que os saberes locais servem de auxílio para o processo de ensino e aprendizagem e não se constituem como possibilidade. Constatamos que os saberes locais continuam sendo instrumentalizados e marginalizados, não existindo desse modo um lugar de intermediação entre os saberes locais e o conhecimento ocidental moderno. |