A literatura de cordel em Libras: semiótica e transcodificação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Irakitan Bernardino dos lattes
Orientador(a): Batista, Maria de Fátima Barbosa de Mesquita lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30197
Resumo: Esse trabalho pretendeu fazer uma análise semiótica do percurso da significação do cordel em Libras, produzido por um autor surdo e do cordel produzido por um autor ouvinte, para entender os procedimentos de transculturação, ocorridos entre as duas culturas. Como objetivos específicos, estudou os elementos necessários para a construção dessa literatura e as influências recebidas das literaturas orais; levantou folhetos de cordel em Libras de autoria surda ou transcodificados do Português para Libras por autores ouvintes; identificou, nas obras desses autores, as formas expressivas manuais e não manuais, que representam marcações prosódicas e as narrativas do cordel em Libras; analisou a composição do cordel em Libras; destacou os sinais utilizados no cordel Surdo que apresentam sinais de interculturalidade, observando as performances linguísticas da Libras na forma de cordel, com o diferencial de língua visual-gestual, mas com o mesmo valor social de comunicação da língua oral. O corpus foi constituído de dois textos literários, sendo um texto em Libras, de autor surdo (2018), e o outro em Língua Portuguesa, de autor ouvinte (1996), transcodificado para Libras. Greimas (1977) Batista (1999) foram os teóricos utilizados para fazer a análise do percurso de sentido do texto, enquanto Pais (1993) e Rastier (2005) serviram para estabelecer a discussão sobre seus aspectos culturais. Além disso, estudamos outros autores, estudiosos da literatura de cordel, sobretudo da literatura surda. A metodologia adotada foi a qualitativa e descritiva. Os resultados obtidos direcionam para o fato de que o cordel sinalizado não consegue acompanhar a estrutura do cordel em Língua Portuguesa no que diz respeito à prosódia e à rima. Como sugestão, apresentamos o cordel que produzimos em 2016 para o Simpósio Nacional de Literatura Popular - SINALP, no qual se observam os elementos prosódicos da Língua de Sinais com o alongamento das configurações da mão - CM, complementadas com as expressões manuais, não manuais e os movimentos.