Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
ARRUDA JUNIOR, Euler Santos
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Outros Autores: |
https://orcid.org/0000-0003-4056-9018 |
Orientador(a): |
BARATA, Márcio Santos
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
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Departamento: |
Instituto de Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/13815
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Resumo: |
O emprego de adições minerais como substituição parcial do clínquer no cimento Portland tem sido uma das principais estratégias para redução da emissão de CO2 por parte da indústria mundial do cimento. Contudo, a disponibilidade de escorias de alto forno e cinza volante não supre a demanda. Na Amazônia, as indústrias de beneficiamento de caulim como cobertura para papel já depositaram cerca de 70 milhões de toneladas de resíduos constituídos essencialmente por caulinita extremamente fina. Uma alternativa para a região seria o emprego do cimento Portland com adições minerais de calcário e argila calcinada para a produção de um cimento de baixa emissão de CO2 - LC3 (limestone calcined clay cement). O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades desses cimentos LC3 com elevadas incorporações de calcário e da metacaulina proveniente do resíduo do processamento do caulim. Os níveis de substituição das adições minerais sobre a massa de cimento Portland comum foram de 45% e 60%. As variáveis investigadas foram massa específica, área superficial específica Blaine, água de consistência e tempo de pega inicial e final dos cimentos, além das resistências à compressão de argamassas. As incorporações das misturas metacaulina-calcário aumentaram a demanda de água e reduziram os tempos de pega em razão da elevada finura da caulinita. Entretanto, houve acrescimentos significativos de resistência à compressão em comparação aos cimentos Portland comum e composto, demonstrando a alta eficiência deste ligante o qual atingiu resistência a compressão de até 62,3 MPa aos 91 dias. Quanto à pegada de carbono produzida pelos cimentos LC3 . Os resultados demonstraram uma redução em 20% a 38% das emissões de CO2 em relação ao CPII F 40. Ainda, evidenciou-se a ampla aplicabilidade da ferramenta ACV ao setor da construção. Os resultados são promissores, mas requerem estudos mais aprofundados, principalmente no que tange aos aspectos de reologia, durabilidade frente à alta demanda de água destes cimentos, elevada tendência à retração e à baixa alcalinidade e, principalmente, quanto a viabilidade econômica quando combinada com outras ações de mitigação das emissões como o aumento da eficiência energética combinada com o emprego de combustíveis alternativos. |