Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
FONSECA, Raphael Alves
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Orientador(a): |
MELO, Sérgio de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento
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Departamento: |
Instituto de Biodiversidade e Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/748
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Resumo: |
Podocnemis expansa é a maior espécie de quelônio fluvial neotropical e com maior distribuição geográfica, sendo categorizada em baixo risco de extinção e dependente de ações de conservação na lista da IUCN. Nesta Tese, iniciamos uma discussão sobre a relação dos povos tradicionais e a gestão de fauna silvestre no Brasil, como os marcos legais que regem o tema são subutilizados e quais são as perspectivas para o futuro do manejo e conservação dessa espécie. Investigamos a população de P. expansa do Médio Tapajós entre 2013 e 2019, abordando sua ecologia reprodutiva, estrutura populacional, captura, consumo e comércio. Coletamos dados biométricos de 144 fêmeas e de seus respectivos ovos e ninhos. Encontramos uma correlação positiva significativa entre tamanho das fêmeas e ovos, mas não com medidas dos ninhos. O tamanho da fêmea apresentou correlação significativamente positiva com a taxa de eclosão, assim como altura inicial, altura em relação ao nível do rio e substrato com predominância de areia grossa. O nível do rio Tapajós e substrato com predominância de areia fina apresentaram correlação negativa significativa com a taxa de eclosão. Através de capturas experimentais, capturamos 969 indivíduos, com razão sexual de 5,83:1 desviada para machos. A biomassa total obtida nas capturas foi de 4.850,8 kg. O tamanho estimado para a população de P. expansa variou entre 296.679 e 319.084 indivíduos e a biomassa estimada variou entre 1.492,1 e 1.604,8 toneladas. Aplicamos 4.404 entrevistas, nas quais registramos 193 capturas, com 658 quelônios capturados, correspondendo a 3.417 kg. A frequência média de captura foi de 6,42 no período de seca e 2,48 no período de cheia. Espinhel e camurim foram as técnicas mais utilizadas, com a maioria das capturas voltada para o consumo. Encontramos alta correlação entre captura e distância percorrida para captura, distância ao tabuleiro de Monte Cristo e a cota mensal do rio Tapajós. Paralelamente, investigamos o consumo de P. expansa e P. unifilis, que diferiu entre as zonas urbana e rural. Os valores comercializados de P. expansa e P. unifilis e seus ovos foram maiores na zona urbana que na rural. Concluímos ser necessário monitorar continuamente a reprodução de P. expansa e sua dinâmica populacional, e que o manejo sustentável comunitário pode ser uma alternativa viável para conservação, segurança alimentar e geração de renda. |