Atenção a saúde das mulheres com exame de colpocitologia oncótica alterado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Farias, Ana Cristina Bortolasse de
Orientador(a): Barbieri, Ana Rita
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2992
Resumo: O câncer de colo uterino é um problema de saúde pública porque compromete a saúde de um significativo número de mulheres. Estima-se que em 2.030, haja 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes e 75 milhões de pessoas com a doença. Este estudo objetivou identificar e analisar a rede de atenção à saúde das mulheres com resultado do exame de colpocitologia oncótica e discutir os fluxos assistenciais existentes na atenção primária, especializada e hospitalar para o tratamento de lesões do colo uterino. Trata-se de um estudo transversal, tendo como cenário os municípios que compõem a microrregião de saúde de Nova Andradina, Mato Grosso do Sul. Foi realizada uma pesquisa em diferentes sistemas de informações e os dados primários foram coletados nos meses de janeiro a abril de 2014, por meio de entrevistas semi-estruturadas, com 51 profissionais que atendem a mulher nos diferentes pontos assistenciais da rede. Os resultados foram analisados por meio de estatística descritiva. Dentre os principais resultados foi evidenciada a existência dos pontos de atenção e procedimentos em conformidade com a Diretriz Brasileira de Rastreamento do Câncer do Colo do Útero; o despreparo dos profissionais da atenção básica para prestar a assistência que compete a este nível; falta de comunicação entre os pontos de atenção; ausência de contra referência e o não monitoramento da mulher quando encaminhada. A rotina para os encaminhamentos é feita de diferentes formas sem um protocolo instituído e há dificuldades para agendar consultas e exames complementares. Na atenção especializada, conclui-se que a oferta da assistência é menor que a demanda, há falta de material e equipamentos para exames complementares e é frequente o não comparecimento de mulheres agendadas. Coordenadores municipais doPrograma de Saúde da Mulher não registram resultados dos exames. A partir desses resultados conclui-se que apesar de existir pontos de atenção à saúde da mulher com diagnóstico de patologia cervical, há falhas na organização da rede o que compromete o seguimento e assistência às mulheres que precisam de intervenção. A falta de um sistema de comunicação formalmente instituído entre os pontos assistenciais e serviços de regulação é um problema relevante e é preciso estabelecer rotinas de comunicação compartilhadas e protocolos de regulação para assegurar a integração. Os resultados da pesquisa serão encaminhados aos gestores que podem, a partir das evidências encontradas definirem ações educativas junto aos profissionais envolvidos nas rotinas e protocolos; instituírem processos de comunicação inter e intra municipais conferindo eficácia ao sistema de regulação e monitoramento; e pactuarem uma oferta de serviços adequada à demanda.