Violência contra o docente na prática pedagógica em saúde: uma abordagem intercultural
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Enfermagem - FEN (RMG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Enfermagem (FEN) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12671 |
Resumo: | Introdução. Operacionalizar o conceito de violência, principalmente contra os professores do Ensino Superior, não é fácil. Além dos diversos conceitos, a violência não se apresenta apenas nas expressões de ódio, raiva, vingança, ato contrário às normas sociais de convivência, preconceito em relação ao diferente, maus-tratos dirigidos aos professores, podendo trazer consequências e prejuízos inclusive na esfera pedagógica. As diferenças interculturais possibilitam diversos espaços, os quais representam recursos hermenêuticos, epistemológicos e metodológicos. Tudo isso contribui para um processo dialógico com outros contextos e pensamentos que percorrem desde a aquisição da informação até o surgimento de novas teorias capazes de repensar e transformar a aprendizagem. Objetivo. Analisar a violência contra docente na prática pedagógica em saúde numa abordagem intercultural. Metodologia. Trata-se de multimétodo desenvolvido em uma Universidade da Região Central do Brasil, no qual o fenômeno violência foi analisado por diferentes ângulos, respaldado em revisões da literatura (integrativa e de escopo), método Delphi, e realização de estudo qualitativo mediante análise utilizando parcialmente a Teoria Fundamentada nos Dados Construtivista (TFDC). A população alvo constituiu-se de todos os docentes da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas gravadas e transcritas com o auxílio do software NVivo, categorias de análise foram criadas. A análise utilizou etapa da Grouded Theory. Resultado. Foram apresentadas contribuições teóricas da pesquisa, tais como conceitos de violência e sua relação com a prática docente no ensino em saúde. A discussão do conhecimento na formação superior em saúde à luz da teoria vigotskiana evidenciou terminologias convergentes. A violência contra o professor pode ser definida como conjunto de ações e situações provocas por estudantes de forma insidiosa ou crônica no local de trabalho e∕ou meio digital, mediada pela percepção de violência, mecanismo de enfrentamento do professor e gestão organizacional da violência. Os indicadores de violência contra o docente foram definidos como qualquer ato de ameaça∕ tentativa∕ agressão real, bem como ignorar ou desrespeitar por meio da fala o professor, praticar ações de assédio sexual, homofobia, receber coação da família do aluno, ou até mesmo utilizar meios de informação e comunicação para praticar tais atos. Os fatores que levam os professores a sofrerem violência no Ensino Superior no Brasil, são caracterizados por cultura institucional, gênero, a percepção de violência pelo docente e os gatilhos que levam os estudantes a praticarem violência. Conclusão. A violência de alunos contra professores merece pedagogicamente reflexões importantes. Origem social convertida em desigualdades desencadeia posições e de dominação e consequentemente terreno fértil para violência. Os professores poderão desenvolver ações de que aflorem a construção das habilidades e atitudes para os enfrentamentos da violência, reconhecê-la e intervir de modo a evitar que o comportamento agressivo se propague causando adoecimento mútuo e fragilizando as relações interpessoais. |