Compulsão alimentar periódica em mulheres com obesidade grave: prevalência e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Melo , Paulla Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Nutrição - FANUT (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Nutrição e Saúde (FANUT)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/3032
Resumo: Introdução: A compulsão alimentar periódica (CAP) é um transtorno prevalente em mulheres obesas, com impacto negativo na perda de peso.Objetivo: Investigar a prevalência de CAP e avaliar fatores associados em mulheres obesas graves. Métodos: Estudo transversal realizado com mulheres adultas (20-59 anos), Índice de Massa Corporal (IMC) ≥ 35 kg/m2, que buscaram tratamento para perda de peso no Ambulatório de Nutrição em Obesidade Grave (ANOG/HC/UFG), no período de fevereiro de 2008 a junho de 2012. As variáveis estudadas foram: sociodemográficas (idade, estado civil, anos de estudo e renda familiar); condições de saúde (comorbidades atuais e medicamentos para perda de peso); história clínica da obesidade (início da obesidade, obesidade na família e tratamento anterior para perda de peso); estilo de vida (prática de atividade física, tabagismo, ingestão de bebida alcoólica); comportamento alimentar (número de refeições por dia, hábito de beliscar, CAP) e dados antropométricos (peso, estatura e IMC). A variável desfecho foi a presença de CAP, determinada por meio da aplicação da Escala de Compulsão Alimentar Periódica. Descreveram-se frequências, prevalências e razões de prevalências, considerando intervalos de confiança de 95%. Para analisar associação foi utilizado o teste Qui-quadrado ou Exato de Fisher. Para valores de p < 0,20 na análise bivariada realizou análise multivariada pela Regressão de Poisson. Considerado nível de significância de 5%. Resultados: Foram analisadas 94 mulheres, com idade média de 37,7 anos e IMC médio de 47,4 kg/m². Encontrada prevalência de CAP em 53,2%, sendo 28,7% classificadas como CAP moderada e 24,5% como CAP grave. Foram observadas associações estatisticamente significativas para idade de 40 a 49 anos, que apresentou 2 vezes mais (p=0,011) prevalência de CAP em relação à faixa etária de 30 a 39 anos e possuir o hábito de beliscar que apresentou 1,9 vezes maior (p=0,003) prevalência de CAP. Conclusão: Diante da alta prevalência de CAP observada e dos fatores associados, ressaltamos a importância do diagnóstico e monitoramento de CAP em obesas graves por equipe multiprofissional, a fim de auxiliar na efetividade do tratamento dietoterápico.