Formação etnomatemática no curso de educação intercultural da Universidade Federal de Goiás: reflexões de estudantes e egressos indígenas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lucas, Marcello
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Pró-Reitoria de Pós-graduação (PRPG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática (PRPG)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/13103
Resumo: A pesquisa descrita nesse texto objetivou perscrutar as reflexões realizadas por estudantes e egressos(as) indígenas mediadas pela formação superior, o curso de Educação Intercultural da Universidade Federal de Goiás, com a seguinte questão investigativa: quais são as reflexões dos(as) estudantes e egressos(as) indígenas, a partir da mediação curricular do curso de Educação Intercultural da Universidade Federal de Goiás, com foco nos temas contextuais que abordam conhecimentos matemáticos não indígenas? O referencial teórico para esta pesquisa baseou-se na Etnomatemática, pela perspectiva da Decolonialidade e da Interculturalidade Crítica, e adotou-se uma postura qualitativa de investigação. A construção de dados se deu através dos diálogos com estudantes em formação e egressos(as) do curso de Educação Intercultural que aceitaram participar da pesquisa. A organização dos dados em unidades de significados possibilitou a realização da análise pelo método descritivo, à luz do referencial teórico escolhido. A mediação curricular do curso de Educação Intercultural da Universidade Federal de Goiás suscita diferentes reflexões dos(as) indígenas participantes da pesquisa. O uso que eles(as) fazem da matemática não indígena para a validação das etnomatemáticas indígenas, uma marcação política-epistêmica, e o uso de conhecimentos não indígenas como ferramentas de luta para que as relações com os não indígenas possam ser menos desiguais são algumas das reflexões suscitadas. A educação superior indígena pode se constituir em ação decolonial. A forma como o curso de Educação Intercultural da Universidade Federal de Goiás está estruturado cria condições propícias para que os(as) estudantes exercitem ações decoloniais de resistência e de luta, assim como propicia a busca para a ressignificação da estrutura sócio-política-econômica-epistêmica vigente, de forma que eles possam ser considerados e tratados como cidadãos.