Indivíduo, propriedade privada e Psicologia Crítica: contribuições marxistas para a crítica da Psicologia e do capitalismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mesquita, Tamara de Castro Mendonça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Educação - FE (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Psicologia (FE)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/11004
Resumo: O presente trabalho buscou realizar um levantamento bibliográfico acerca da presença de um debate sobre a propriedade privada no âmbito da Psicologia, especialmente no campo denominado Psicologia Crítica. Partindo do entendimento de que esta vertente reúne tendências críticas à sociedade e às perspectivas tradicionais da disciplina, considerou-se necessário apontar a importância de uma crítica à propriedade, posto que esta é uma categoria central tanto na estruturação da sociedade atual, quanto do modelo de indivíduo abstraído pela Psicologia. Nesse sentido, apresenta-se uma análise dos principais campos temáticos em que foram encontradas menções à propriedade na literatura em Psicologia disponível online, principalmente aqueles que buscaram identificá-la enquanto estruturante do capitalismo e que, desta forma, pudessem se inscrever em uma perspectiva de transformação social. Uma vez verificada uma lacuna acerca desse debate nos textos encontrados, e/ou concepções pouco aprofundadas sobre o tema da propriedade, foram levantadas contribuições marxistas que situam a categoria no processo de autoconstituição humana, visando compreender seu o movimento histórico e seus desdobramentos sobre a realização das potencialidades que se colocam no horizonte do indivíduo e do gênero. Foi analisada a relação de mútua determinação entre propriedade e alienação ao longo dos diferentes modos de produção, principalmente as determinações colocadas por ela sobre a divisão do trabalho e a possibilidade de existência do indivíduo como ente ativo da história. Apresentou-se, como conclusão, que em diferentes formatos, a existência da propriedade sempre arrastou consigo relações de exploração e violência, que se repõem sob novas configurações e reiteram um modo de sociabilidade alienada. Buscou-se, nesse sentido, tecer considerações teórico-práticas que alinhem a Psicologia Crítica com a construção de um projeto ético-político que tenha por horizonte superação da propriedade e suas consequências, partindo de um posicionamento que localize a disciplina na luta de classes.