Custo do teste Anti-HBs pós-vacinação primária em relação ao manejo para hepatite B pós-exposição à material biológico entre trabalhadores da área da saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Camila Lucas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Enfermagem - FEN (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Enfermagem (FEN)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/8669
Resumo: INTRODUÇÃO: A infecção pelo Vírus da Hepatite B (HBV) é um problema mundial de saúde pública, e o custo do tratamento para hepatite B é elevado. Os acidentes de trabalho com material biológico entre Trabalhadores da Área da Saúde (TAS) apresentam risco de transmissão desse vírus. A principal prevenção contra o HBV é a vacinação seguida da realização do teste anti-HBs após um a dois meses da última dose da vacina, entretanto o exame não é uma rotina pós-vacinação primária no Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil. OBJETIVOS: Comparar o custo direto médico, sob a perspectiva do SUS, da avaliação do status sorológico após as três doses da vacina contra hepatite B ou após vacinação primária para hepatite B com o manejo pós-exposição ocupacional, relacionado ao vírus da hepatite B entre trabalhadores da área da saúde, vítimas de acidente com material biológico. Os objetivos específicos: descrever características sociodemográficas e laborais, identificar o perfil dos acidentes, identificar o histórico vacinal e status sorológico para hepatite B e quantificar o custo direto do manejo pós-exposição e das medidas de prevenção para hepatite B. METODOLOGIA: estudo transversal, descritivo e de avaliação econômica parcial do tipo análise de custo, com enfoque no custo direto médico entre TAS, vítimas de acidentes com material biológico no município de Goiânia, acidentes registrados no banco de dados do SINAN-NET, no período de 2006 a 2016. RESULTADOS: foram registrados 7.265 acidentes com material biológico, sendo, predominantemente, entre TAS do sexo feminino (80,5%), da equipe de enfermagem (55,2%), com ensino médio (43,0%), acidentes que envolveram sangue (74,4%) e acidentes percutâneos (72,4%). A média de idade entre os TAS foi de 34 anos, sendo a faixa etária de 21 a 30 anos a mais predominante. Entre os TAS expostos, 85,1% possuíam as três doses da vacina e desses, 44,6% realizaram o teste anti-HBs no momento do acidente. A prevalência de HBsAg entre pacientes-fonte conhecidos foi de 1,8% (IC 95% 1,0 – 3,2). Os custos analisados, neste estudo, foram o teste anti-HBs, teste HBsAg, IGHAHB e consulta médica em saúde do trabalhador. Considerando esse histórico, o custo direto do manejo pós- exposição ocupacional para hepatite B entre vítimas foi avaliado em quatro diferentes cenários, nominados A, B, C e D, e o custo direto variou de R$ 3.615,52 (Int$ 6.573,67) a R$ 835.751,52 (Int$ 1.519.548,22). Os cenários de pós-exposição ao HBV que apresentaram maior impacto de custo direto médico para o SUS foram os cenários em que os TAS possuíam anti-HBs < 10 UI/ml e foram expostos a paciente-fonte HBsAg positivo e a paciente-fonte desconhecido. O custo direto da realização do teste anti-HBs após vacinação primária entre 7.265 TAS foi de R$ 207.415,75 (Int$ 377.119,54). CONCLUSÃO: O custo direto per capita do manejo pós-exposição foi mais elevado do que o custo direto da realização do teste anti-HBs pós-vacinação primária entre TAS, vítimas de acidente com material biológico, dinheiro que poderia ser investido em políticas para saúde do trabalhador.