Análise de estratégia para aplicação de sistema eletrônico na referência e contrarreferência nos serviços de saúde
Ano de defesa: | 2013 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Medicina - FM (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (FM) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/3540 |
Resumo: | Introdução: Nos últimos tempos, o Sistema Único de Saúde brasileiro vem passando por várias inovações na gestão, na organização, no financiamento e em seus serviços. Nesse contexto, avulta como importante o fortalecimento do sistema de Atenção Primária à Saúde, que tem demonstrado a essência da efetividade do cuidado, viabilizando uma abordagem integral às pessoas. Nesse sentido, é necessário um eficiente acompanhamento do paciente, por meio dos instrumentos de referência e contrarreferência. Objetivo: Analisar estratégias para implantação de Sistema Eletrônico na Referência e Contrarreferência em Unidade de Saúde da Família (USF) no município de Anápolis-Goiás. Material e Métodos: O estudo realizado foi prospectivo, de intervenção não randomizada, desenvolvido em duas das três USF da pesquisa. Os grupos experimentais e de controle foram escolhidos com base em critérios de conveniência. Foram feitas visitas pela pesquisadora às unidades de saúde, explanações sobre a pesquisa e solicitações de auxílio aos profissionais. As intervenções foram realizadas por meio de estímulo e orientações aos profissionais e aos pacientes. Utilizaram-se entre os instrumentos: Fichas de Orientações e de Fluxo e Carta da Pesquisa. Em uma das USF Intervenção, foi disponibilizado o Sistema Eletrônico de Referência e Contrarreferência. Realizou-se o acompanhamento, nas USF do estudo e no Sistema Nacional de Regulação (SISREG), do fluxo dos pacientes referenciados aos médicos especialistas no período de 1º de agosto de 2012 a 1º de dezembro de 2012. Foram feitas, visitas aos médicos especialistas que atenderam os pacientes referenciados e, ainda, busca ativa de pacientes que não retornaram ou retornaram sem a contrarreferência à USF de origem. Avaliou-se o número de referências, contrarreferências e os motivos do não retorno dos pacientes e de contrarreferências às três USF do estudo. Os dados obtidos foram analisados por meio do programa STATA, versão 11.0. Resultados: Do total de 6.218 atendimentos médicos, foram realizados 532 encaminhamentos aos médicos especialistas e 492 acompanhamentos de pacientes. A taxa de encaminhamentos foi de 8,56%. Foram solicitadas e agendadas mais consultas nas USF Intervenção. Dos encaminhamentos realizados, 54,27% consultas foram agendadas. Destas, retornaram 11,61% pacientes às USF de origem do encaminhamento. O tempo do retorno do paciente à USF de origem, após a emissão do encaminhamento de referência variou de 6 a 110 dias. O retorno dos pacientes à USF de origem ocorreu apenas nas USF Intervenção, e destes pacientes, praticamente a metade retornou com a contrarreferência de forma manual. Conclusões: O estudo evidenciou taxa de encaminhamentos de acordo com os parâmetros internacionais; dificuldades de acesso às consultas especializadas; baixo número de retornos de pacientes às USF de origem do encaminhamento; como também, que orientações e estímulo aos profissionais e aos pacientes influenciaram positivamente no retorno dos pacientes e de contrarreferências às USF de origem. Acredita-se ser factível implantar o sistema de referência e contrarreferência por meio eletrônico, que permite uma melhor comunicação entre os profissionais de forma segura e rápida e uma maior integração entre os serviços. |