Avaliação das respostas cardiovasculares e eletroencefalográficas após crises epilépticas induzidas pelo abrasamento elétrico da amígdala em diferentes fases do ciclo sono-vigília de ratos
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Instituto de Ciências Biológicas - ICB (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas - Multicêntrico (ICB) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/9411 |
Resumo: | Introdução: Alterações cardiovasculares têm sido apontadas como principal causa de Morte Súbita e Inesperada em Epilepsia (SUDEP). Existe uma íntima relação entre a epilepsia e o sono. A maioria dos casos de SUDEP ocorre durante o sono e há indícios de que o sono NREM é facilitador para ocorrência de crises. Objetivo: Avaliar respostas cardiovasculares e eletroencefálicas de ratos submetidos ao modelo de abrasamento induzido em diferentes fases do ciclo sono-vigília. Métodos: O protocolo experimental foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Goiás (CEUA-035/2015). Foram utilizados ratos Wistar (250-350 g), que foram separados em grupos nos quais a epileptogênese foi induzida em diferentes fases do ciclo sono-vigília (Vigília, NREM e REM). Utilizou-se o modelo Kindling para indução de crises. Para isso, os animais foram submetidos à cirurgia estereotáxica para implante de eletrodos na amígdala direita, para indução de estímulos elétricos, e no córtex, para registro eletroencefalográfico (EEGc). Eletrodos para registro de eletromiograma (EMG) e eletrocardiograma (ECG) também foram implantados. Para detecção da fase do sono utilizou-se algoritmos que se baseiam no EEGc e no EMG. O estímulo elétrico foi induzido uma vez por dia e consistia em onda bifásica, a 60 Hz durante 2 segundos. A progressão das crises foi analisada de acordo com a escala de Racine (1972) (E1: movimentos orofaciais; E2: movimentos mastigatórios e clonia da cabeça; E3: contração dos membros anteriores; E4: elevação corporal; E5: crise convulsiva com perda do controle postural). Foram induzidas, então, 3 crises E5 em cada animal. Avaliou-se Frequência Cardíaca (FC), variabilidade da frequência cardíaca (VFC), arritmias e EEGc in vivo, além de função cardíaca e reatividade vascular ex vivo. Resultados: O tempo para abrasamento elétrico da amígdala do grupo NREM é menor quando comparado com o grupo Vigília. O grupo NREM apresenta taquicardia pós-ictal ainda nos primeiros estágios do abrasamento. A duração de supressão do eletroencefalograma pós crise generalizada (PGES), é maior no grupo REM. A PGES, no grupo Vigília, vem acompanhada de uma diminuição na FC quando comparada com o período final das crises. O grupo Vigília tem maior capacidade de contração que os demais grupos, independentemente de endotélio enquanto que o grupo REM possui maior porcentagem de relaxamento, dependente de endotélio. Parâmetros como duração de pós-descarga (PD), FC e VFC após o abrasamento, arritmias, a bradicardia seguida de taquicardia durante o período ictal de crises E5 e a função cardíaca ex vivo foram similares em todos os grupos experimentais. Conclusão: Nossos resultados sugerem que apenas o abrasamento elétrico da amígdala é suficiente para induzir aumento na FC pósictal do grupo NREM, aumento na duração da PGES no grupo REM, e alterações na reatividade vascular dos grupos NREM e REM, tendo o primeiro uma maior porcentagem de contração e o segundo, maior porcentagem de relaxamento quando comparado com os demais grupos. |