Desenvolvimento e caracterização de nanoemulsão à base de óleo de sucupira (Pterodon spp.), avaliação de sua toxicidade e bioatividade in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pacheco, Maiulle Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade Farmácia - FF (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (FF)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/8731
Resumo: Os efeitos da radiação ultravioleta sobre a pele têm sido amplamente estudados. A exposição crônica à radiação solar tem sido considerada a maior causa de câncer de pele e fotoenvelhecimento. As moléculas bioativas oriundas de produtos naturais têm sido pesquisadas para o desenvolvimento de protetores solares aliando capacidade de absorção da luz UV com potencial atividade antioxidante. O óleo de sucupira (Pterodon spp.) é citado na literatura pela sua atividade anti-inflamatória, antinoceptiva, antioxidante, dentre outras. Esta pesquisa teve como objetivo desenvolver nanoemulsão à base de óleo de sucupira a partir de método que utiliza alta energia de emulsificação, bem como avaliar a influência dos componentes e dos parâmetros relacionados ao método de obtenção na estabilidade e tamanho dos glóbulos das nanoemulsões e posteriormente avaliar a sua segurança e possível atividade fotoprotetora in vitro. O valor de EHL, a associação de tensoativos, a proporção entre as fases aquosa/oleosa e tensoativo, e condições operacionais, com número de ciclos depassagem no homogeneizador influenciaram na estabilidade, tamanho e distribuição de tamanho das gotículas. As nanoemulsões apresentaram pH entre 4,0 e 5,0, diâmetro médio das gotículas em torno de 150nm e índice de polidispersão abaixo de 0,2 (indicando estreita distribuição de tamanho), após passagem por 2 ciclos a uma pressão de 500 bar em homogeneizador de alta pressão. As formulações contendo 10% de óleo, 3 ou 4% de tensoativo e 86% de água, com EHL variando de 11 a 13 foram as nanoemulsões que se mantiveram estáveis em todas as temperaturas analisadas pelo período de estudo de 90 dias. A formulação final apresentou IC50 de 20μg de óleo/mL sobre a linhagem de queratinócitos humanos HaCaT. A NE não apresentou atividade fotoprotetora por inibição da COX-2 e do fator nuclear NFκB. Entretanto, apresentou efeito protetor contra o estresse oxidativo e a redução de citocinas pró-inflamatórias (IL-6 e IL-8) induzidas por UVA. Os dados obtidos sugerem que a nanoemulsão contendo 10% de óleo de sucupira é um potencial candidato à fotoproteção ao interferir com os eventos iniciados após a exposição à radiação UV nos queratinócitos.