Avaliação do risco de morbilidade respiratória neonatal em gestantes com ruptura prematura das membranas ovulares por meio da análise ultrassonográfica quantitativa da textura pulmonar fetal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Flosi, Fernanda Borges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10973
http://dx.doi.org/10.22409/PPGCM.2019.m.05787596757
Resumo: A ruptura prematura das membranas ovulares (RPMO) é uma situação clínica frequente, cuja decisão acerca do melhor momento para o parto permanece controversa, sobretudo devido ao risco de morbidade respiratória neonatal (MRN). A avaliação da maturidade pulmonar fetal por meio da ultrassonografia, método seguro e amplamente utilizado na prática obstétrica atual, poderia estabelecer uma mudança nesse cenário. Objetivo: avaliar (1) a capacidade do método ultrassonográfico quantitativo quantus FLM® em predizer a MRN em pacientes com RPMO e (2) se o índice de massa corpórea (IMC) materno, a idade gestacional, a presença de oligodramnia e a ocorrência da MRN influenciaram o desempenho do teste. Materiais e métodos: Pacientes com gestações únicas, diagnóstico de RPMO e idade gestacional entre 24 semanas e 38 semanas e 6 dias foram incluídas no estudo por amostra de conveniência, no período de junho de 2016 a dezembro de 2018. Foi realizada uma ultrassonografia obstétrica em até 48 horas antes do parto nas gestantes selecionadas e a imagem do pulmão fetal obtida foi encaminhada para análise pelo programa quantus FLM® . Os resultados foram então pareados com os desfechos neonatais a fim de avaliar a habilidade do programa em predizer a MRN nesse grupo selecionado. Resultados: foram incluídas no estudo 54 pacientes. O IMC materno médio foi de 28,99 kg/m2 (22,18 a 37,55 kg/m2). A idade gestacional média no momento do parto foi de 35 semanas e 4 dias, variando de 25 semanas e 1 dia a 38 semanas e 5 dias. Em 25 pacientes (46,29%), verificou-se oligodramnia no momento da realização do exame. A prevalência do evento adverso MRN foi de 18,5% no presente estudo e o quantus FLM® previu a MRN com uma sensibilidade de 60%, especificidade de 79,54%, valor preditivo positivo de 39,97%, valor preditivo negativo de 89,75% e acurácia de 75,9%. Conclusão: Os resultados do estudo demonstram uma boa acurácia do método ultrassonográfico quantitativo quantusFLM® na predição da MRN em pacientes com RPMO, com especial confiabilidade em identificar que a maturidade pulmonar já ocorreu. O IMC materno, a ocorrência da doença, a presença de oligodramnia e a idade gestacional não interferiram no resultado do exame