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Efeitos do consumo subcrônico de etanol e do ciclo estral sobre a sepse em ratos wistar fêmeas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Castro, Clarissa Lourenço de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11822
Resumo: Este estudo avaliou a evolução da sepse após o consumo de etanol em ratas fêmeas em estro. Foram realizados três experimentos, nos quais os grupos Controle (C e CS) receberam água enquanto os grupos Etanol (E e ES) receberam solução de etanol a 10% v/v. Após as quatro semanas de consumo de líquido e ração ad libitum, os animais que se encontravam nas fases estro do ciclo estral sofreram indução de sepse pelo método de injeção de fezes frescas no peritôneo. O experimento 1 analisou a sobrevida dos animais após indução séptica e o parâmetro mortalidade foi verificado em relação a 48 horas. Os animais foram divididos em grupos Sepse (S n=20) e Etanol Sepse (ES n=20). O experimento 2 verificou a resposta imune quanto ao nível de citocinas (TNF-α, IL-6, MIF, IL-10, IL-13, TGF-β), de estrogênio e os parâmetros bioquímicos (creatinina, uréia, ALT, AST, proteínas totais, glicose e albumina). Os animais foram divididos em grupos Controle (C n=12), Etanol (E n=12), Sepse (S n=20) e Etanol Sepse (ES n=25). Para a obtenção de sangue para as dosagens, foi realizada punção cardíaca 8 horas após indução da sepse nos grupos S e ES e após injeção de salina nos grupos C e E. O experimento 3 verificou a formação de colônias do lavado peritoneal. Os animais foram divididos em grupos Controle (C n=1), Etanol (E n=1), Sepse (S n=4) e Etanol Sepse (ES n=4). No experimento 1, não houve alteração do peso corporal pelo etanol (Peso S: 201,4 ± 23,8; ES: 184,4 ± 23,7g, p>0,05, teste t de Student). O consumo diário de etanol foi em média 10,9 ± 1,9 g/kg. Após 48 horas da indução de sepse, 17 animais do grupo S (85%) e 14 animais do grupo ES (70%) haviam morrido (Log-Rank p= 0,0008). No experimento 2, foi observado aumento nos níveis de citocinas pró-inflamatórias em decorrência da sepse. Houve também aumento nos níveis de TNF-α (p=0,0198, Mann Whitney) e diminuição de IL-6 (p=0,0438) e MIF (p=0,0264) em ES em relação a S. Os níveis de estrogênio diminuíram significativamente em ES em comparação ao grupo E (p<0,0001) e a sepse causou uma diminuição deste hormônio também entre os animais que consumiram água. O consumo de etanol elevou estes níveis após a sepse, demonstrado através da diferença entre os grupos ES e S (p=0,0035). Na análise bioquímica foi observado aumento de creatinina e diminuição de glicose no grupo ES em relação aos grupos Etanol e Sepse. No experimento 3, não houve formação de colônias nos animais que não sofreram sepse e o grupo ES apresentou menor valor de UFC em relação ao grupo S, embora este valor não tenha sido significativo. Os resultados sugerem que o consumo de etanol pode aumentar o tempo de sobrevida após indução séptica, possivelmente através do aumento nos níveis de estrogênio e modulação de citocinas pró-inflamatórias