Audiodescrição e testemunho: intersecções entre experiências com a cegueira e o autismo, frente as imagens do cinema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Neves Gonzaga, Maria Luíza Bezerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/38537
Resumo: Esta pesquisa surgiu de inquietações por compreender as relações do público cego com as imagens do cinema mediadas pelo recurso da audiodescrição (AD). Como objetivo pretendeu- se produzir e executar um roteiro de audiodescrição de um curta-metragem que nos leva ao universo subjetivo de uma pessoa autista. Para tal intento considera-se necessário que a audiodescrição ultrapasse referências utilitárias e objetivas e seja assumida como tradução de imagens, para que não se reduza a uma forma meramente descritiva, mas sim, produza experiências estéticas em que pessoas cegas e com baixa-visão, possam se tornar ativas na produção de sentidos com as imagens do cinema, entendendo esta perspectiva como uma atitude ética, cultural e política. Como metodologia o trabalho se apoia nos princípios da Cartografia que é uma política de pesquisa-intervenção, posto que possibilita ao pesquisador intervir em um problema específico, por reconhecer que cada caso é singular. A pesquisa propõe a construção da audiodescrição de uma obra fílmica que foi roteirizada e posteriormente divulgada, sob consultoria de pessoas cegas, assumindo o princípio “nada sobre nós sem nós”, demonstrando que a forma como as audiodescrições vem sendo realizadas pelo mercado não atende a demandas que sensibilizariam seu público específico. Em síntese, defendemos nesse estudo, que existe outras possibilidades estéticas de promover a emancipação de espectadores cegos diante do cinema.