A formação do ambiente dialógico: argumentos introdutórios à pedagogia das paixões urbanas a perspectiva dos lugares experienciados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Brilhante, Ronaldo de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23640
Resumo: A presente pesquisa busca definir, de forma geral, os argumentos iniciais para uma pedagogia voltada ao ensino de políticas urbanas, tendo como base de referência e inflexão os procedimentos metodológicos da pedagogia de Paulo Freire. Para tanto foram desenvolvidos trabalhos de campo junto a crianças, pais e avós nos Bairros de Paquetá, no Município do Rio de Janeiro; bem como de Ilha das Cobras e Mangueira, no Município de Paraty. A prática pedagógica proposta objetiva estabelecer laços de diálogos que convidam os educandos a refletir sobre seus papéis políticos a partir daqueles elementos aos quais cotidianamente atribuem valores e afeições. A base para os encontros se estabelece a partir da distinção de sentimentos, percepções, visões de mundo, de atitudes e de semelhanças, num campo de diferenças. O sujeito político se revela através da formação de renovadas miradas sobre o mundo vivido, por meio das quais revelam-se ligações entre o local e o global _ a natureza e a cultura. A prática pedagógica se caracteriza pela aproximação entre educador e educando, bem como do pensamento científico e do senso-saber comum. O procedimento aqui argumentado é estabelecido pelo encadeamento de idéias que se pretendem complementares, no sentido de conformar um corpo conceitual capaz de promover uma ação pedagógica de significações diversas daquelas previstas pelo plano freireano. Para tanto, a reflexão científico-política de Henri Lefebvre, a perspectiva da experiência de Yi-Fu Tuan, os propósitos da razão dialógica contidas no discurso de Chaïm Perelman, os fundamentos de uma epistemologia articulada por “erros retificáveis” de Bachelard e os ideais da “história aberta” de Walter Benjamin, confluem no sentido de instrumentar uma prática pedagógica de sentidos amplos e esperançosamente transformadores. Prática que, por fim, aponta para a necessidade de uma renovada entrega-encantamento ao plano aristotélico, segundo o qual a formação do conhecimento se irmana indelevelmente ao sentir-domar paixões.