Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Girlane Cristina Siqueira da |
Orientador(a): |
Oliveira, Prof. Dr. Érico José Souza de |
Banca de defesa: |
Fernandes, Profa. Dra. Ciane,
Almeida, Profa. Dra. Cristiane Maria Galdino de,
Marques, Profa. Dra. Larissa Kelly de Oliveira,
Amaral, Profa. Dra. Maria das Vitórias Negreiros do |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Teatro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33570
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Resumo: |
Esta pesquisa discorre sobre o processo do espetáculo “Cangaceiras”. Processo enquanto rede de reflexões, observações, inspirações e ações que delinearam o fazer artístico. Nesta perspectiva, o intuito é de não analisar a encenação enquanto produto cênico final, mas de refletir sobre perspectivas, procedimentos, impressões e ações que delinearam a prática artística e consequentemente a forma da pesquisa e da sua escrita. Para tanto, acolheu-se a Prática como Pesquisa e a Escrita de si, formas potencializadoras e orgânicas, para se falar de arquétipos, mitos, pensamentos, sensações, sentimentos e intuições em um trabalho no qual tem como essência as experiências oníricas da personagem Quitéria. Em seus percursos, ela se depara com um novo modo de investigação no qual o próprio processo lhe dá as pistas da sua dinâmica, permeada por insights, descobertas, aproximação das teorias (das quais o primeiro encontro se deu a partir das ideias de Carl Gustav Jung, que desencadeou as demais), e claro, com as dificuldades diante de novas concepções para com uma forma diferente de se pesquisar. Neste sentido, esta tese não é apenas um processo de escrita acadêmica que se desenvolve a partir de teorias e autores, como que servindo de aparato introdutório para o produto cênico, que desatam em reflexões pessoais; tampouco “parte” de um processo artístico. Desenvolvida numa via contrária, na qual cena / reflexão do processo / reflexão conceitual / escrita, agem simultaneamente, a pesquisa tem sua própria metodologia, partindo de perspectivas que interagem entre si: autobiográfica, acadêmica e poética, analítica e criativa (FERNANDES, 2013). Não há hierarquização, “partes”, linearidade ou a evolução tradicional de capítulos, mas conexões que dialogam entre si e de acordo com o processo em geral, de forma circular, que se entrelaçam com as vivências da personagem e com os conceitos. Com o intento de produzir imagens de sonhos, que são tecidas entre o real e irreal, abrindo-se uma fresta entre dois mundos, busca-se sonorizações constantes em cena, com cadeias simbólicas e sígnicas a partir de Gestos Sonoros, dando um aspecto ilusório, próprio dos sonhos. A partir das biografias e do atravessamento de imagens (em seus diversos sentidos) das cangaceiras, surge uma cena que reflete sobre corpo, somática e as condições de ser mulher numa sociedade não tão menos machista, misógina e feminicida quanto à da primeira república, período em que as cangaceiras quebraram regras, ousaram e/ou mostraram-se resilientes às circunstâncias opressoras. Com o fiar de histórias arquetípicas, míticas, entre personas e personagens, no estado liminar entre elas, os relatos tecem e tercem estados femininos sob um olhar de um feminino plural, as Mulheres sem Faces. Palavras-chave: Teatro; Gestos Sonoros; Escrita de si; Prática como Pesquisa; Imagem. |