Perfis bioquímico e fisiológico da maturação, longevidade e germinabilidade de sementes de aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolia Raddi.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira Júnior, Jair Lucas
Orientador(a): Castro, Renato Delmondez de
Banca de defesa: Castro, Renato Delmondez de, Silva-Mann, Renata, Antunes, Cimille Gabrielle Cardoso
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde
Departamento de Bioquímica e Biofísica
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33805
Resumo: A espécie Schinus terebinthifolia é estudada principalmente pelas suas propriedades medicinais e condimentares, além de sua importância na recuperação de áreas degradadas e recomposição da vegetação nativa. Por isso, devido a importância de se obter sementes de boa qualidade dessa espécie para diferentes finalidades, objetivou-se nesse estudo avaliar os perfis bioquímico e fisiológico da maturação, longevidade e germinabilidade de sementes sob condições de restrição hídrica. Para isso, foram realizados experimentos avaliando diferentes estádios de maturação e condições de secagem, diferentes condições de armazenamento, além de ensaios de restrição hídrica na germinação dessa espécie. Observou-se que as sementes obtidas de frutos no estádio Vermelho apresentaram melhor qualidade fisiológica e tolerância a secagem. Na avaliação da longevidade, as sementes armazenadas em ambiente refrigerado (5ºC) foram capazes de manter a sua qualidade por 15 meses, diferente das armazenadas em temperatura ambiente (24ºC), que reduziram a germinabilidade e o vigor. As mudanças nas atividades das enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e ascorbato peroxidase (APX) nessas condições de armazenamento indicaram que o sistema antioxidante enzimático está relacionado com a manutenção da viabilidade das sementes, porém, não foi capaz de evitar a perda da qualidade, o aumento da peroxidação lipídica (teor de malondialdeído - MDA), e da permeabilidade de membranas (teste de condutividade elétrica - CE), quando armazenadas em temperatura ambiente. Com isso, conclui-se que o estádio Vermelho pode ser considerado a fase de maturidade fisiológica para obtenção de sementes de boa qualidade, porém, a secagem ambiente reduz a germinabilidade de sementes. Além disso, conclui-se que as sementes de aroeira-vermelha podem ser armazenadas em ambiente refrigerado por até 15 meses mantendo a longevidade. Nos ensaios de restrição hídrica, conclui-se que a espécie é altamente sensível a esse estresse abiótico no processo de germinação e estabelecimento inicial de plântulas. As avalições bioquímicas mostram que as atividades das enzimas SOD, CAT e APX conferem proteção contra o estresse oxidativo quando submetidas a embebição em baixos níveis de estresse (-0,2 MPa), porém, ocorre um provável desbalanço entre o acúmulo de Espécies Reativas de Oxigênio (ERO) e o sistema antioxidante em potenciais mais baixos de restrição (-0,8 MPa), comprovados pela redução na atividade enzimática. Já em plântulas, os primeiros danos oxidativos ocorrem nas raízes, comprovados pela redução na biometria e na atividade da SOD, CAT e APX em -0,2 MPa. Além disso, quando utilizado embebição controlada para efeito de osmocondicionamento, os potenciais de -0,2 e -0,4 MPa são capazes de promover uma germinação mais rápida e uniforme, porém sem efeito de priming, pois não promove melhoria na porcentagem germinação e vigor das sementes de S. terebinthifolia. Essas informações são importantes para uso em programas de melhoramento genético e de protocolos para obtenção de sementes e mudas de boa qualidade, visando a exploração sustentável e domesticação da espécie.