Exportação concluída — 

Cistos odontogênicos do desenvolvimento: perfil clinicopatologico e imunoexpressão de marcadores de células tronco multipotentes em uma população brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carvalho, Larissa Abbehusen Couto de
Orientador(a): Leitão, Águida Cristina Gomes Henrique
Banca de defesa: Leitão, Águida Cristina Gomes Henrique, Xavier, Flavia Calo de Aquino, Medrado, Alena Ribeiro A. P.
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Odontologia e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33503
Resumo: Introdução: Os cistos odontogênicos (COs) do desenvolvimento constituem lesões frequentes que acometem o complexo maxilo-mandibular, possuem etiologia intimamente relacionada aos remanescentes da odontogênese, os quais são ricos em células-tronco (CT) multipotentes. A presença e atuação das CT neste grupo de lesões não é clara, porém acredita-se que suas características e propriedades permitam a grande variação morfológica e comportamental exibida nos COs do desenvolvimento. Objetivo: Determinar o perfil clinicopatologico e de imunoexpressão de marcadores de células-tronco multipotentes, CD44 e CD90, em COs do desenvolvimento de uma população brasileira. Metodologia: Foram avaliados 150 casos de COs do desenvolvimento, sendo 74 queratocistos odontogênicos (QO), 59 cistos dentígeros (CD), 7 cistos odontogênicos calcificantes (COC), 4 cistos gengivais do adulto (CGA), 3 cistos odontogênicos glandulares (COG) e 1 caso para os demais, cisto periodontal lateral (CPL), cisto odontogênico botrioide (COB) e o cisto odontogenico ortoqueratinizado (COO), diagnosticados no período de 2002 a 2019. Dados referentes à idade e sexo dos pacientes, bem como localização e tamanho da lesão, além do tipo de biópsia foram obtidos das fichas de requisição do anatomopatológico. Cortes parafinados foram obtidos de 20 casos de QO, 7 de CD, 7 de COG, 4 de COC, 2 de CGA, 1 de CPL, 1 de COB e 1 de COO e submetidos à imunoistoquímica pela técnica da imunoperoxidase para os anticorpos anti-CD44 e anti-CD90. Resultado: Dos 150 casos de COs do desenvolvimento, o QO (49,3%, 74) e o CD (39,3%, 59) foram os mais frequentes (p=0,001). A média de idade encontrada foi de 32 anos, sem predileção por sexo e o sítio de maior ocorrência foi a mandíbula posterior, com o QO, COC e COG exibindo os maiores tamanhos. As proteínas estudadas CD44 e CD90 mostraram positividade tanto no componente epitelial como na cápsula. A imunoexpressão do CD44 exibiu padrão similar no epitélio e cápsula, onde o QO apresentou maior positividade, seguido pelo CD, e COG (p=0,000). Para o CD90, o componente epitelial não demonstrou diferença estatisticamente significativa, porém para a cápsula o QO também demonstrou os maiores escores, seguido pelo COC e CD (p=0,000). Ao separar as lesões em agressivas e indolentes, o CD44 exibiu maior positividade para as lesões agressivas no epitélio (p=0,007) e na cápsula houve uma tendência para as lesões agressivas, mas sem diferença estatística. O CD90, novamente não demonstrou diferença estatística no epitélio, mas a cápsula demonstrou expressão superior para os cistos agressivos (p=0,006). Conclusão: A imunopositividade do CD44 e CD90 indicam que as CTs multipotentes podem participar da histogênese e patogênese, além de possivelmente influenciar o comportamento biológico deste grupo de lesões.