Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Simões, Paulo Everton Mota |
Orientador(a): |
Kraychete, Elsa Sousa |
Banca de defesa: |
Ventura, Andrea Cardoso,
Saraiva, Luiz Alex Silva,
Santos, Maria Elisabete Pereira dos |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Administração
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Programa de Pós-Graduação: |
Núcleo de oós-Graduação em Administração
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32136
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Resumo: |
Esta pesquisa propõe-se a desvelar o discurso empresarial da sustentabilidade na mineradora Vale. A sustentabilidade é analisada a partir de um enfoque discursivo, historicamente determinado, no qual o discurso é efeito de sentidos entre interlocutores. Demonstra-se que o desenvolvimento sustentável é um acontecimento enunciativo na formação discursiva do desenvolvimento no capitalismo e que, posteriormente, se transfigura em sustentabilidade, convertendo-se em uma perspectiva gerencialista do desenvolvimento sustentável, dando origem à formação discursiva da sustentabilidade empresarial. Como aporte teórico e metodológico foi utilizada a Análise do Discurso Pêcheuxtiana, cujos procedimentos teóricoanalíticos são definidos à luz do materialismo histórico-dialético. Para delinear como são construídos os sentidos do discurso da sustentabilidade, constituiu-se um corpus a partir de sequências discursivas, retiradas dos relatórios de sustentabilidade da Vale, publicados no período de 2007 e 2017. Identificou-se a posição-sujeito no discurso empresarial, juntamente com a forma-sujeito que a determina e seu enunciador universal, o que possibilitou constatar que a Vale produz três efeitos de sentido: viabilizar a mineração, tornar-se uma empresa competitiva e gerar valor para o acionista. Conclui-se que, em seu funcionamento, o discurso da sustentabilidade na Vale funciona para higienizar a imagem da empresa, apagar a memória estatal e camuflar seu objetivo principal de transformar a Natureza em dinheiro. |