Tecnologia de cultivo para produção de proteases e prebióticos de cogumelo comestível da ordem Auriculariales

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Araújo, Karoline dos Santos
Outros Autores: https://lattes.cnpq.br/0181035732814049
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10924
Resumo: Os microrganismos representam uma fonte promissora de proteases devido à sua ampla diversidade bioquímica. No entanto, estudos sobre a produção dessas enzimas por cogumelos do gênero Auricularia ainda são escassos. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a atividade qualitativa prebiótica e a produção de proteases extracelulares por Auricularia delicata DPUA1625, visando a otimização das condições de cultivo e a caracterização parcial das enzimas produzidas. O isolado de A. delicata foi cedido pela Coleção de Culturas DPUA e mantido em meio Batata Dextrose Ágar (BDA), suplementado com 0,5% (p/v) de extrato de levedura, em placas de Petri. Os cultivos foram incubados a 25 °C, na ausência de luz, por oito dias. O crescimento micelial foi avaliado em sete diferentes meios de cultura, com o objetivo de selecionar o meio mais adequado para a obtenção do inóculo e sua posterior manutenção. Para a produção de proteases, os cultivos foram realizados por fermentação submersa em meio líquido GYP (glicose, extrato de levedura e peptona), suplementado com 0,5% (p/v) de gelatina, ajustado para pH 6,4. A fermentação foi conduzida a 28 °C, sob agitação de 150 rpm, por oito dias. Ao final do processo fermentativo, a biomassa fúngica foi separada do extrato bruto por filtração a vácuo. A otimização da produção de proteases foi realizada em duas etapas. Primeiramente, foi conduzido um pré-cultivo em 50 mL de meio GYP por quatro dias, nas mesmas condições de temperatura e agitação. A biomassa obtida foi transferida para uma nova fermentação, sob condições idênticas, compondo a segunda etapa do cultivo. A atividade proteolítica foi determinada utilizando azocaseína a 1% (p/v) como substrato. A avaliação qualitativa da atividade prebiótica foi realizada em meio MRS (Man Rogosa and Sharpe), suplementado com o extrato bruto nas concentrações de 0,1%, 0,25% e 0,5% (v/v), utilizando Lactobacillus casei como microrganismo padrão. Os cultivos foram mantidos a 37 °C. Os resultados parciais indicaram que, entre os meios testados, o ágar BDA suplementado com extrato de levedura (BDA+YE) foi o mais eficiente para o crescimento micelial de A. delicata. A atividade máxima das proteases foi observada em pH 6,0 e a 60 °C, sugerindo que a enzima produzida apresenta perfil levemente ácido, com potencial aplicação nas indústrias alimentícia e cervejeira.