Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sanson , Mariane Aparecida Savi
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Orientador(a): |
Otuki, Michel Fleith
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Banca de defesa: |
Santos, Fábio André,
Mendes, Reila |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Departamento de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2571
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Resumo: |
Compostos de ouro já apresentam propriedades anti-inflamatórias estabelecidas pela literatura, além de importante potencial antioxidante. A utilização do ouro na forma nanoparticulada é uma aposta promissora para o tratamento de condições inflamatórias, como a doença periodontal, pelo seu mecanismo de ação. Apesar da biocompatibilidade estabelecida do ouro, é importante atentar-se para a possibilidade de efeito tóxico do ouro na forma nanoparticulada, devido a sua maior facilidade de penetrar nos tecidos e atravessar membranas, em resposta principalmente ao seu tamanho e concentração de ouro presente. O objetivo deste estudo foi a caracterização das nanopartículas de ouro (AuNPs) de 10, 20 e 30 nm utilizadas no trabalho, bem como testar seu efeito tópico em modelos de inflamação aguda local in vivo (edema de orelha induzido por TPA e edema de pata induzido por LPS) e verificar sua citotoxicidade em cultura de fibroblastos (3T3) e macrófagos (RAW 264.7) murinos após 12, 24 e 48h pelos ensaios de MTT, VN e teste de exclusão do azul de tripan. Para a caracterização das AuNPs foram realizados os testes de espectroscopia no ultravioleta-visível (Uv-Vis), difratometria de raios-x, absorbância atômica, potencial zeta e microscopia eletrônica de varredura por canhão de emissão de campo elétrico (FEG). Os resultados dos testes de caracterização demonstraram que as nanopartículas apresentavam-se estáveis e realmente com os diâmetros de 10, 20 e 30 nm, como proposto pelo método de síntese, estando adequadas para a utilização nos testes subsequentes. No modelo de edema de orelha induzido por TPA as formulações de AuNPs em creme a 0,1% reduziu a formação do edema em 47,76%, enquanto a formulação em creme a 0,06% reduziu o edema em 33,72% após 6h. Após 24h todas as formulações testadas apresentaram redução da formação do edema, apresentando resultados sem diferença estatística em comparação ao grupo tratado com a dexametasona. No modelo de edema de pata induzido por LPS a formulação de AuNPs em creme a 0,1% foi capaz de reduzir a formação do edema em 84,46% e a formulação em creme a 0,6% reduziu em 86,57%, também sem apresentar diferença estatística em comparação ao grupo tratado com dexametasona. Quanto aos testes de viabilidade celular, os métodos do MTT e VN não foram capazes de obter resultados confiáveis, porém o teste de exclusão do azul de tripan indicou ausência de citotoxicidade das AuNPs em 12h nas culturas de fibroblastos e macrófagos. Após 24h de incubação, a maior concentração (35 mg/L) das dispersões de AuNPs nos 3 diâmetros testados reduziu a viabilidade de macrófagos, e os fibroblastos obtiveram seus valores de viabilidade celular diminuídos pela maioria das dispersões de AuNPs testadas. Após 48h de incubação, todas as concentrações e diâmetros testados das dispersões de AuNPs foram capazes de diminuir drasticamente as porcentagens de viabilidade celular tanto em fibroblastos quanto em macrófagos. |