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FAMÍLIA E ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL: SENTIDOS, PRÁTICAS E ITINERÁRIOS TERAPÊUTICOS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: VASCONCELOS, MARDÊNIA GOMES FERREIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87962
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O debate sobre família e o cuidado no contexto da saúde mental ganhou evidencia a partir das mudanças políticas, especialmente com a reorientação do modelo de atenção e tem se configurado como objeto relevante na produção do cuidado psicossocial e participação social. Fundamentado nos referenciais da antropologia médica, que contribuem para uma nova compreensão dos problemas de saúde mental, agregando clínica e antropologia, objetivou-se compreender os sentidos, significados e práticas da família em busca de cuidado em saúde mental a partir da análise dos itinerários terapêuticos e redes de apoio sociais acessadas pela família. Neste processo explorou-se o cotidiano das famílias e os sentidos atribuídos ao tratamento / cura da doença mental, bem como a interação estabelecida com a rede de atenção psicossocial em seus desafios e limites. Optou-se pela pesquisa com abordagem qualitativa, numa perspectiva hermenêutica. Foi adotado como ponto de partida para o cenário da pesquisa o Centro de Atenção Psicossocial Geral (CAPS Geral), e no decorrer da pesquisa de campo acessaram-se os territórios em que se localizavam as redes sociais das famílias. A investigação contou com 24 participantes, sendo 13 informantes familiares, quatro informantes das redes de suporte sociais dos bairros, entre estes, um pastor, um padre, um presidente do centro espírita, além do líder comunitário do bairro Vila União. A pesquisa também teve a contribuição de profissionais dos serviços formais de saúde, sendo três profissionais da equipe multiprofissional do CAPS, dois profissionais do hospital psiquiátrico, um agente comunitário de saúde e um enfermeiro da Unidade de Atenção Primária à Saúde. Para coleta de informações utilizaram-se as técnicas de entrevista em profundidade, a observação sistemática, o genograma e o ecomapa. Nesse processo, seguiram-se os preceitos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos. As narrativas foram analisadas sob os pressupostos do modelo de “sistemas de signos, significados e práticas” de Bibeau e Corin (1995) e a proposta de análise holística dos itinerários terapêuticos de Trad. Os resultados foram organizados em categoria uma central denominada: “As famílias e os cotidianos: sentidos, práticas e itinerários terapêuticos”, e discutidas em subcategorias: Os cotidianos das famílias: sentidos e práticas; As redes formais e informais acessadas pelas famílias; Itinerários terapêuticos: limites e possibilidades na</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">relação com a rede de atenção psicossocial. Identificou-se uma forte relação das famílias com as redes de apoio social, descritas como rede de solidariedade. Dentre estas redes, foi destaque as experiências religiosas de fundamentação pentecostal e espírita que possuem grande influencia na compreensão dos sentidos e significados da doença mental e da cura. No entanto, observou-se um reduzido diálogo entre as arenas de cuidado formais e informais no processo de produção de cuidado em saúde mental, o que indica o reconhecimento que a atenção psicossocial ainda carece de avanços na consolidação de uma escuta que considere as singularidades das famílias e sua coparticipação e corresponsabilização na busca de cuidados em saúde mental.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Saúde Mental. Família. Cuidado. Itinerário terapêutico. Rede de apoio social.</span></font></div>