Propriedade Vasorrelaxante do Óleo Essencial de Hyptis crenata: Possíveis mecanismos de ação baseados em estudos In vitro e In silico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: SANTOS, ANDRÉ NOGUEIRA CARDEAL DOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=118081
Resumo: A hipertensão arterial é um fator de risco crítico para doenças cardiovasculares, uma das principais causas de mortalidade global. O controle da pressão arterial envolve mecanismos eletromecânicos e farmacomecânicos na musculatura lisa vascular, tornando essencial a busca por novos agentes moduladores desses processos, considerando as limitações terapêuticas dos fármacos disponíveis, incluindo efeitos adversos e o desenvolvimento de resistência a longo prazo. Nesse contexto, o óleo essencial de Hyptis crenata (OEHc), rico em terpenos, apresenta potencial terapêutico devido à sua atividade relaxante sobre o tecido vascular. Este estudo investigou os mecanismos moleculares subjacentes à ação do OEHc na musculatura lisa vascular de ratos, empregando protocolos experimentais in vitro e análises computacionais in silico. Na via eletromecânica, os resultados indicaram que o efeito relaxante do OEHc ocorre de forma endotelio-independente, associado ao bloqueio dos canais de cálcio voltagem-dependentes, mecanismo essencial para o mecanismo bioquímico do tônus vascular. Estudos de docking molecular sugeriram uma interação sinérgica entre os terpenos do OEHc e regiões funcionais desses canais. Na via farmacomecânica, o relaxamento vascular foi endotélio-dependente, sugerindo a ativação dos receptores muscarínicos do tipo M3. Em condições de ausência endotelial, um dos constituintes do OEHc, o aromadendreno, pode atuar como agonista β₂-adrenérgico, promovendo relaxamento direto da musculatura lisa. As avaliações das propriedades físico-químicas e de ADMET indicaram que os constituintes majoritários do OEHc apresentam perfis farmacocinéticos compatíveis com o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos. Assim, os achados reforçam o potencial do OEHc como uma fonte promissora para a identificação de novos fármacos anti-hipertensivos, contribuindo para a ampliação das estratégias terapêuticas no manejo da hipertensão arterial.