Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Mario Cesar De |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/20853
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Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo gerai analisar as alterações biomecánicas da marcha atlética e do andar em diferentes velocidades. Para ZATSIORSKY (1988), a diferença entre a marcha atlética e o andar está na redução máxima do tempo de duplo apoio, sem, entretanto ocorrer a fase de flutuação, o que caracterizaria a corrida. Neste sentido, foi utilizada a fase do apoio duplo para determinar a transição de ambas as atividades para a corrida. As variáveis cinéticas analisadas foram: força máxima, primeiro pico da força, taxa de aceitação da força e variáveis espaço temporais: tempo para o primeiro pico da força, comprimento da passada, cadência e comprimento da passada e na fase experimental, foi analisado o efeito do incremento da velocidade sobre o comportamento das variáveis cinéticas e espaço-temporal. O instrumento de medida usado para a coleta de dados foi uma esteira ergométrica sensorizada que apresenta em sua base duas plataformas de força, kistler modelo 981 Osi, com transdutores de força do tipo piezoelétrico, que mede a força de reação do solo (FRS). A esteira ergométrica apresenta controle de velocidade de 0 a 20 km/h e de inclinação de -5o a 20°. Para a aquisição dos dados foi usado uma taxa de amostragem de 600Hz, e um tempo de aquisição de 10s. A amostra foi composta por 8 atletas de marcha atlética sendo 04 homens com média de idade 25,2±3.3 anos, média de estatura 170±9,5 cm, peso corporal médio 640±58 N e com um tempo médio de prática de 9,7±2,5 anos e 04 mulheres com média de idade 20±3,5 anos, média de estatura 166±4 cm, peso corporal médio 525±38 N e tempo médio de prática 7,7±3 anos. A coleta foi realizada mantendo-se as seguintes etapas: (a) pesagem dos sujeitos sobre uma das plataformas de força para normalização da força em função do peso corporal; (b) período de pré-esforço de 3 minutos de duração na velocidade de 4 km/h com a finalidade de aquecimento e familiarização com o instrumento de medida; (c) Os atletas num primeiro momento andavam na esteira com velocidade inicial de 5 km/h, permanecendo nesta velocidade por 60 segundos. Após este período, a velocidade da esteira era acrescida em 1 km/h. Repetiu-se este procedimento até o limite aparente entre o andar e correr; (d) um intervalo de 15 minutos entre as coletas de dados de um mesmo sujeito foi mantido com o objetivo de rccupcrá-lo fisicamente. Para oferecer condição ao atleta de adaptar-se a mudança de velocidade, a coleta somente era feita após os primeiros 30s dentro da nova velocidade. Utilizou-sc para análise dos dados as seguintes estatísticas: Para redução inicial dos dados: média aritmética ( X ); medidas de variabilidade, desvio padrão (S) e coeficiente de variabilidade. A comparação entre as médias das variáveis cinéticas e espaço-temporal em função da variação da velocidade foi realizada a partir da análise de variància One-Way. Na comparação das diferentes variáveis entre o andar e marchar e entre homens e mulheres utilizou-se o teste t de Student . A variabilidade intra-sujeitos no andar c na marcha atlética foi determinada usando-se o coeficiente de variação o nível de significancia adotada foi de 0,01. Conclui-se que na comparação da variabilidade em andar e marcha atlética na mesma velocidade não se encontrou diferença significativa. |Ao compararmos as variáveis espaço-temporais e cinéticas para marcha atlética e o para o andar, considerando o incremento da velocidade, encontrou-se diferença significativa em todas as variáveis analisadas, sendo que esta diferença se manifesta com um incremento de acima de 2 km/h. A velocidade de transição do andar para o correr é de 11 km/h para o grupo. A avaliação em separado de homens e mulheres tem como média para os homens a velocidade de 11,25 km/h e para as mulheres 10,75 km/h, como velocidades de transição do andar para o correr. Os valores encontrados para homens e mulheres em separado são muito próximos. O afastamento da média masculina e feminina da média do grupo apenas foi de + 0,25 km/h e -0,25 km respectivamente. A velocidade de transição da marcha atlética para o correr é foi 9,8 km/h na avaliação feita nos atletas como grupo único. A avaliação em separado de homens e mulheres teve como média para os homens a velocidade de 10 km/h e para as mulheres 9,7 km/h, como sendo as velocidades de transição do marchar atlética para o correr. O afastamento da média masculina e feminina da média do grupo foi apenas 0,2 km/ e -0,1 km/h respectivamente.O limite de transição do andar para o correr encontrado foi superior aos limites de transição do marchar para o correr. Na comparação das variáveis biomecánicas na marcha atlética e do andar entre homens e mulheres em diferentes velocidades, a conclusão que se chegou neste estudo foi que não existe diferenças significativas entre homens e mulheres andando e entre homens e mulheres marchando para as variáveis cinéticas e espaço temporais analisadas neste estudo. |