Sentidos sobre cuidado na atenção à saúde mental no contexto da enfermagem
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Psicologia Brasil PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3509 |
Resumo: | Embora a enfermagem adote a noção de cuidado em consonância com os debates mais contemporâneos em saúde mental, e apesar de o cuidado ser naturalmente associado ao feminino, ainda prevalecem práticas instrumentais que impactam a forma como a enfermagem performa esse cuidado. Nesse contexto, pretende-se, nesta dissertação, explorar os sentidos atribuídos ao cuidado e aos nexos com a perspectiva de gênero no contexto da enfermagem a partir de documentos de domínio público. Trata-se de uma pesquisa qualitativa em Psicologia Social, ancorada na perspectiva socioconstrucionista com foco nos acontecimentos/realidade construídos sócio-historicamente, tal como nos efeitos da linguagem nas práticas sociais. Tem como metodologia de análise as práticas discursivas e a produção de sentidos no cotidiano. Os documentos analisados veiculam diferentes sentidos acerca do cuidado, indicando que ele é polissêmico. Dentre as distintas concepções sobressaíram duas posições, que vêm de matrizes distintas de pensamentos: uma perspectiva mais holística, que dá acesso a um entendimento do cuidado relacional/integral/humanizado, no qual coexistem repertórios, sentidos e noções associados à linguagem do paradigma dos Direitos Humanos. A outra matriz, mais biológica, dá acesso ao cuidado tecnicista/hospitalocêntrico/patológico, que recebe influência do paradigma das ciências biológicas, demonstrando que esse campo discursivo está sob disputa. Em relação à intersecção entre cuidado, enfermagem e gênero, se, por um lado, no campo da saúde, a enfermagem ganhou visibilidade como a profissão do cuidado, por outro esse cuidado é por vezes desvalorizado quando se associa, historicamente, ao feminino. Essas discussões são pertinentes, ainda, na tentativa de romper com os estigmas e preconceitos que envolvem a inserção do homem na profissão de enfermagem. O cuidado, entrelaçado às relações sociais historicamente construídas que se estabelecem entre homens e mulheres posiciona, a enfermagem, em um lugar de inferioridade e subalternidade. |