Ambiente institucional e interfaces organizacionais na gestão de hospitais públicos do sistema único de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Santos, Maria Angélica Borges dos
Orientador(a): Gerschman de Leis, Silvia Victoria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5131
Resumo: Esta pesquisa explora a relação entre ambiente institucional e a gestão de organizações hospitalares públicas do SUS, recorrendo a referenciais neoinstitucionalistas. É apresentada na forma de dois artigos, o primeiro deles publicado na revista Ciência e Saúde Coletiva (Santos & Gerschman, 2004). O primeiro artigo compreende um estudo do contexto histórico e político de evolução das políticas de saúde e dos hospitais públicos do SUS, baseado em um arcabouço analítico de corte neoinstitucionalista histórico empregado por Susan Giaimo (Giaimo, 2001). O segundo artigo encerra uma definição de ambiente institucional e a descrição de um conjunto de variáveis associadas que importaria considerar na elaboração de propostas políticas e gerenciais para o segmento hospitalar público. Essas variáveis tomam por base uma definição operacional de ambiente institucional inspirada no arcabouço proposto por W Richard Scott (Scott, 2001) para analisar a relação entre organizações e instituições. Primeiro artigo: As segmentações da oferta de serviço de saúde no Brasil – arranjos institucionais, credores, pagadores e provedores. A partir de revisão bibliográfica e dados do DATASUS, IBGE e agências internacionais, são discutidas segmentações e especializações na oferta de serviços de saúde no Brasil. A leitura institucionalista do caso brasileiro efetuada destaca transformações que vem sofrendo o SUS, com ênfase em relações público- privado e no papel e estratégias dos vários atores para formatar o sistema de saúde segundo seus interesses e suas convicções. Os constrangimentos ao desenvolvimento das políticas sociais gerados pelo ajuste macroeconômico e consensos entre atores políticos de maior peso contribuem para a tendência atual de especialização do setor público em tecnologias de cuidados de baixo custo e complexidade, enquanto o setor privado mais dinâmico passa a priorizar os segmentos de atenção de média e alta complexidade melhor remunerados pela tabela SUS e mais valorizados por compradores de planos de saúde privados. Um fortalecimento da presença de conselhos de saúde e de atores ainda pouco representados na arena política poderia contribuir para uma maior atenção aos impactos potenciais desse padrão de especializações. Palavras-Chave: SUS; saúde suplementar; políticas públicas; financiamento da saúde. Segundo artigo: Ambiente institucional e a gestão de hospitais públicos do Sistema Único de Saúde. Este artigo discute a pertinência do estudo do ambiente institucional para a compreensão dos comportamentos e das configurações assumidas pelos hospitais públicos; propõe um arcabouço descritivo para ambiente institucional de hospitais públicos inspirado no trabalho de W Richard Scott; descreve aspectos conceituais e conjunturais de variáveis do ambiente institucional com potencial impacto sobre a gestão dessas organizações e a configuração do sistema de saúde; e explora preliminarmente a influência do ambiente institucional sobre aspectos como coordenação e controle, governança, liderança, missão, valores e visão de futuro. Ao longo do artigo são propostos, ainda, temas para pesquisas futuras. Palavras-chaves: Ambiente institucional; gestão hospitalar pública; SUS.