Impacto das novas estratégias para o tratamento de tuberculose no Brasil nos desfechos terapêuticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cardoso, Mayara Alexandre
Orientador(a): Rolla, Valeria Cavalcanti, Brasil, Pedro Emmanuel Alvarenga Americano do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27424
Resumo: O sistema de tratamento da tuberculose sofreu mudanças recentes no Brasil. O uso de rifabutina para substituir a rifampicina, o uso de combinação de dose fixa (FDC) para tuberculose e HAART precoce para HIV+ com baixa contagem de CD4. O objetivo do estudo foi avaliar se a terapia para tuberculose após adoção das novas estratégias de tratamento melhorou os desfechos favoráveis. Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, baseado em dados primários de pacientes com tuberculose diagnosticada e tratada no INI - FIOCRUZ, de janeiro / 2012 a dezembro / 2014. Os desfechos observados neste período foram: cura (80%), abandono (14%), falência do tratamento (5%) e morte (1%). Preditores de abandono de tratamento foram Infecção pelo HIV sem terapia antirretroviral [OR 0,34 (0,15 - 0,79)], diagnóstico de tuberculose somente por esfregaço [OR 0,22 (0,07-0,74)], uso de drogas [OR 0,22 (0,11-0,46)] e/ou interrupção do tratamento devido a efeitos adversos [OR 0,23 (0,08-0,67)] diminuíram a chance de cura Preditores que reduziram a chance de abandono foram: maior idade 0,44 (0,23-0,82) e sexo feminino 0,28 (0,11-0,71). Preditores de abandono de tratamento foram: uso de drogas não-injetáveis [OR 3,00 (95% CL 1,31-6,88)], interrupção do tratamento devido a reações adversas [OR 6,30 (1,81-21,95)] e baixo nível de instrução [OR 2,59 (2,15- 5,82)]. As características demográficas que reduziram a chance de abandono foram: maior idade [OR 0,44 (0,23-0,82)] e sexo feminino [OR 0,28 (0,11-0,71)]. A taxa de incidência de morte foi muito pequena para ser analisada. Pacientes jovens, sexo masculino, baixo nível de escolaridade, uso de drogas, diagnóstico de TB não feito por cultura e hipertensão arterial sistêmica foram associados a maior chance de desfechos desfavoráveis.